Em uma sexta-feira santa que alternou sol, nuvens, chuvisco, chuva, vento e lama (principalmente lama), 25 atrações musicais se apresentaram para o público de aproximadamente 52 mil pessoas. Abaixo seguem as impressões das repórteres Letícia Sakata e Ana Luiza Tieghi sobre os shows de Of Monsters And Men, Cake, Flaming Lips e The Killers. Mas já adiantamos: valeu a pena.
Of Monsters and Men e Cake: novidade e relíquia no palco Butantã
Of Monsters and Men foi a segunda atração a se apresentar no palco Butantã do Lollapalooza, na sexta-feira, 29/03. O grupo, formado em 2010 por jovens islandeses, ainda não tem (ou tinha) grande visibilidade no Brasil – as duas maiores páginas brasucas dedicadas à banda tem pouco mais de 500 likes no Facebook (em oposição à oficial com mais de 600 mil) – e muitos não sabiam bem o que esperar do show no festival. Porém, a fama que tem conseguido nesses três anos de carreira na Europa e nos Estados Unidos, onde atingiu o topodas paradas alternativas, já foi motivo o bastante para que um horário em um dos principais palcos do evento fosse cedido a eles.
Sem dúvida alguma foi a maior surpresa do dia. A setlist foi composta por músicas do primeiro e único álbum de estúdio da banda, “My Head is an Animal”, lançado em 2012, além de um cover da canção Skeletons, do Yeah Yeah Yeahs. Um pouco tímida no começo, uma dos vocalistas, Nanna Bryndís Hilmarsdóttir, contagiou a todos e ficou extremamente surpresa quando viu o público cantando o maior sucesso da banda, Little Talks, junto com ela e Ragnar “Raggi” Þórhallsson.
No sábado, 30, a banda postou em sua página no Facebook uma foto tirada durante o show, dizendo “Obrigada, Lolla Brasil, vocês foram divertidos!”. No mesmo dia eles se apresentaram no Cine Joia, parte do que foi chamado de Lolla Side Shows.
Já a banda californiana Cake, pela quarta vez no Brasil, era uma das atrações mais esperadas neste primeiro dia de Lollapalooza. Contudo, muitos de seus fãs ficaram decepcionados. Não foi ruim, longe disso, porém as expectativas eram altas e o som baixo não ajudou. Além disso, apesar do John McCrea, vocalista do grupo, ter interagido bastante com o público, tratou muito de assuntos como política e religião, o que não foi bem recebido pela audiência.
O show durou pouco mais de uma hora e não faltaram hits na setlist. Apesar dos problemas técnicos (o violão de McCrea também estava com problemas que foram resolvidos durante a performance improvisada de Satan is my Motor), o famoso cover de I Will Survive, da Gloria Gaynor, seguido por Never There e Short Shirt/Long Jacket animaram o público.
Para completar essa passagem nas terras brasileiras, o grupo participou do programa Altas Horas, da Globo, no sábado, 30. Lá, não faltou simpatia da parte de McCrea. O destaque foi seu reencontro surpresa com Tom Zé, por quem tem grande admiração e com quem já tocou em 1999 no Free Jazz Festival e em outras ocasiões informais.
por Letícia Sakata
let.sakata@gmail.com
Flaming Lips fala de aviões, mas quem decola é o The Killers
Enquanto esperava para ver o The Killers, aproveitei para assistir o show do The Flaming Lips, que ocorreu no mesmo palco, o principal e gigante Cidade Jardim.
A banda de Oklahoma City iniciou sua apresentação tocando uma sequência de músicas de seu novo CD, “The Terror“, que será lançado em Abril. Mas o que era aquilo nos braços do vocalista Wayne Coyne?
Pois é, era uma boneca. Bem cabeluda. E com vários tubos luminosos saindo dela.
Wayne Coyne também adora aviões. Ele ficou impressionado com os aeronaves que passavam próximas à Chácara do Jockey, e fez com que os espectadores dessem tchauzinho para elas. A banda se esforçou bastante, mas não empolgou muito a plateia que estava ansiosa para a próxima atração, nada mais, nada menos, que…
THE KILLERS! (Atenção, alerta de relato de fã, pare de ler se procura imparcialidade)
A banda entra, dá um oi tímido e começa a tocar o seu maior hit, Mr. Brightside, logo de cara. Não é qualquer grupo que pode se dar ao luxo de fazer isso, mas o The Killers tem hits de sobra. A banda levou o público à loucura e deixou todos sem ar de tanto pular, cantar e gritar ao mesmo tempo. “Nós somos todos seus”, disse Brandon Flowers, em português mesmo. E realmente eram. Eles pareciam muito felizes com a resposta do público, que cantava até mesmo as canções do CD novo da banda, “Battle Born“. Alternando clássicos como Smile Like You Mean It e Somebody Told Me com novidades como Runaways e From Here On Out, a banda proporcionou um para os fãs que enfrentaram toda a lama do festival. E ainda teve chuva de papel picado e fogos de artifício. Quer mais o quê?
por Ana Luiza Tieghi
ana.tieghi@gmail.com
Confira, ainda hoje, como foi a cobertura dos dias 2 e 3 do evento!
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Obrigado, Wagner. Notamos que essa informação não ficou clara (que eram das fanpages nacionais) e acrescentamos a informação da oficial, também. 😀