Consegue se imaginar trancado em uma sala imersiva, revivendo seu maior trauma, com outras cinco pessoas desconhecidas? E se tentassem te matar o tempo inteiro? E se quando conseguisse fugir de um lugar acabasse em outro ainda pior? É esse o drama vivido pelos seis personagens centrais de Escape Room (2019).
Zoey (Taylor Russell McKenzie) é a nerd da turma, mas que, com sérios problemas de comunicação, está sempre reclusa. Ben (Logan Miller), o alcoólatra que se considera um peso na vida da mãe. Amanda (Deborah Ann Woll) é uma mulher enigmática e decidida. Mike (Tyler Labine), um caminhoneiro com problemas na perna. Jason (Jay Ellis) nos é apresentado como empresário inteligente, que recebe presentes de seus clientes por trabalhos impecáveis. E Danny (Nik Dodani) é um aficcionado por games.
Tudo começa com cada um recebendo uma misteriosa caixa preta, que precisa ser aberta com raciocínios matemáticos. Junto ao cubo negro vem um bilhete do possível remetente e quando se consegue abri-lo um endereço e uma premiação para quem conseguir escapar de um novo “jogo” desenvolvido. Os personagens são levados, então, a uma sala de espera e os piores momentos de suas vidas começam.
Em cada sala há pistas ocultas que podem matá-los, ou salvar suas vidas. Isso depende do quão rápido são. Alguns desses enigmas são óbvios até para uma criança, como a secretária presa em uma sala ~ que, na verdade, é um manequim e uma gravação automática. Outras, são feitas para que apenas um dos envolvidos consiga achar a resposta baseada em seu passado.
Os personagens são bem desenvolvidos e quando as peças do quebra-cabeça começam a fazer sentido você entende toda a genialidade da construção do roteiro, que é único e só pode ser descrito como brilhante. O filme explica o motivo daquelas seis pessoas estarem ali e traz o passado delas de uma maneira inteligente, mas repetitiva depois de um certo tempo.
Chamar Escape Room de terror é exagero. O longa traz cenas mais tensas, como estar preso em um forno humano, e envolve o espectador na história de alguma forma, afinal é impossível não se ver tentando desvendar as pistas. Mas não assusta. Pode chocar pela ousadia, no entanto não chega nem perto de causar pesadelos ou tirar seu sono.
É memorável e diferente dos suspenses atuais. Traz ousadia e inovação, usando clichês na medida certa, sem entediar. O filme estreia no dia 7 de fevereiro, confira o trailer:
por Thaislane Xavier
thaislanexavier@usp.br