por Breno Leoni Ebeling
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Grandes personagens históricos possuem uma tendência em comum: a mitificação. O filme Hércules (Hercules, 2014) que estreia na próxima quinta feira (04) no circuito nacional, tenta mostrar a história do dito filho de Zeus de uma forma mais “pé no chão”, como é dito no jargão popular.
Muitos sabem do mito de que Hércules teria sido o filho de Zeus com uma mortal, e a esposa de Zeus, Hera, teria se enfurecido ao saber da traição de seu esposo. O nome de Hércules teria sido uma tentativa de sua mãe mortal de apaziguar a fúria de Hera, pois dele deriva. No inicio do filme aparece uma explanação das tentativas da vingança dela contra a criança, que simbolizava a traição de Zeus. Mas segundo a lenda, Hera só teria se acalmado de fato depois do cumprimento dos lendários 12 trabalhos. O filme em questão mostra a conclusão do décimo segundo.
O filme em cartaz fica longe de Tróia quando se trata de maquiagem. A sensação é de que entre os dois lançamentos ocorreu um fenômeno chamado “Game of Thrones”: a maquiagem quando usava tende a deixar os atores menos hollywoodianos. Dão um aspecto “sujo” ao personagem.
Outra característica notável é a desromantização da trama. Os personagens não estão ali para serem felizes. Todos em seu aspecto humano apresentam-se mais ou menos sofredores, mais ou menos propensos a mesquinharias. Porém, o filme não se esquiva da tendência atual três dimensões: para quem gosta, é um prato cheio. Mas a impressão é de que os efeitos 3D estão presentes e ressaltados na primeira meia hora do longa. Depois disso, ou os olhos se acostumam e deixam de prestar atenção, ou os produtores ficaram com preguiça de enfatizar esse tipo de efeito.
De qualquer forma este filme atinge seu objetivo: agrada a quem gosta de filmes de ação, apresenta uma ou outra reviravolta na trama, e desmistifica a lenda por detrás de um dos mais famosos semideuses da história.
Mim. Ajudou muito
Obrigado