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Capital Cities em meio a sol, trompete e pop eletrônico

Embaixo de um sol absurdo, que, se contava com 30 e poucos graus, parecia mesmo 60, aconteceu o show do Capital Cities. A banda californiana comandada por Ryan Merchant e Sebu Simonian foi a segunda atração do Palco Skol no Lollapalooza 2014. Fui ao show sem esperar muito, mais querendo conhecer a banda do que …

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Embaixo de um sol absurdo, que, se contava com 30 e poucos graus, parecia mesmo 60, aconteceu o show do Capital Cities. A banda californiana comandada por Ryan Merchant e Sebu Simonian foi a segunda atração do Palco Skol no Lollapalooza 2014.

Fui ao show sem esperar muito, mais querendo conhecer a banda do que querendo que eles tocassem minhas músicas preferidas do CD – aliás, eu nem conhecia o CD deles. E o que eu ouvi, superou as expectativas, e não só por elas estarem baixas: o show foi muito bom. O som estava ótimo, a qualidade vocal também, e aí tinha aquele cara do trompete… Spencer Ludwig não só me fez ver que trompete não é coisa de anunciar a entrada de famílias reais, como me fez ver que é um instrumento tão sonoro, a ponto de ser totalmente possível de animar o público.

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Spencer Ludwig fez solos de trompete que completaram a performance da banda. Foto: Caio Duran/Agnews.

A dupla começou o show com Kangoroo Kourt e foi, aos poucos, animando o público com coreografias e frases de efeito de derreter o coração e soltar um “ahhh, fofos” como “vocês são a melhor plateia que já tivemos”. Fofos. Também tocaram One Minute More, um novo single, e fizeram alguns covers como Stay in The Night, do Bee Gees.

Mas o momento de euforia mesmo veio quando, com o show quase acabando, gente desesperada (inclusive eu) pedia para tocar o hit que estourou no Brasil, Safe and Sound. Depois dos clamores, o trompetista começou a tocar aquele ritmo inconfundível do começo da melodia e uma série de gritos, pulos e palmas se confundiram à música.

Depois do povo ter cantado junto, forte e animado, a banda tocou mais duas músicas e se despediu. Não vou negar que depois de Safe and Sound sai da pista para comprar cerveja. E não só eu, mas muitas pessoas esperaram a música para ir embora. Há quem diga que isso foi pura estratégia para segurar o público, e que o resto do repertório não foi tão atraente.

Eu já penso o contrário disso: percebi a besteira que eu fiz quando, voltando do bar, vi uma multidão tirando as camisetas e rodando no ar, a pedido do Capital Cities, enquanto eu tinha dois copos de cerveja na mão.

Por Stella Bonici
stebonici@gmail.com

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