Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Cantoras do Rádio onde?

Alexandre Dall’Ara Roupas brilhantes, uma orquestra ao fundo, e quatro cantoras que já tiveram seus dias de glórias nos anunciam, nos belos tons e ritmos típicos das canções brasileiras dos meados do século passado, o Rio de Janeiro dos anos 30, 40 e 50 e as grandes divas da Rádio Nacional. A cortina do documentário …

Cantoras do Rádio onde? Leia mais »

Alexandre Dall’Ara

Roupas brilhantes, uma orquestra ao fundo, e quatro cantoras que já tiveram seus dias de glórias nos anunciam, nos belos tons e ritmos típicos das canções brasileiras dos meados do século passado, o Rio de Janeiro dos anos 30, 40 e 50 e as grandes divas da Rádio Nacional. A cortina do documentário Cantoras do Rádio se abre para a época de glória da musica brasileira que produziu grandes sucessos, como Cidade Maravilhosa,e todo um estilo particular de se cantar.

Vindo numa safra de documentários nacionais sobre a música brasileira (Simonal – ninguém sabe o duro que dei; Raul Seixas, o início, o meio e o fim, dentre outros), Cantoras do Rádio carrega o mérito de iluminar um período muito rico da MPB e de relembrar grandes cantoras que tivemos e que ainda temos. Recupera ainda canções e histórias já esquecidas. Porém, ao se apoiar apenas nos depoimentos das quatro interpretes que se apresentaram no show Estão Voltando as Flores montado em 2005 no Teatro Rival (com direção e roteiro do pesquisador Ricardo Cravo Albin), o longa perde a chance de comover o espectador com a voz daquelas divas.

Em meio às descrições dos grandes nomes da época peguei-me esperando que suas vozes soassem pela sala. Em vão. Não há no filme as gravações originais, bem como arquivos do belo Rio de Janeiro (ainda capital) daquelas décadas. O saudosismo dos depoimentos contrasta com a falta das imagens e canções originais da época, tornando o filme frio, distante, incompleto. Diferentemente de Simonal, em que o ele e seus shows são mostrados a ponto de o espectador se envolver e admirar aquele cantor com quem talvez tenha encontrado pela primeira vez, Cantoras peca porque não alimenta o interesse que ele mesmo incita. Quem pouco conhece daquele período da MPB, não sairá da sessão conhecendo mais, talvez apenas com alguma vontade de conhecer, e o maior (pra não dizer único) mérito do filme é justamente esse.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima