O Centro Cultural São Paulo (CCSP) esteve em polvorosa na tarde de ontem (2) ao sediar a abertura da FLIPOP – o Festival de Leitura POP focado nos jovens leitores, organizado pela Editora Seguinte. O evento promove uma série de debates com autores convidados (brasileiros e estrangeiros), sessões de autógrafos com esses autores e uma feira de livros aberta para todos. Os ingressos são comprados pela internet e retirados na bilheteria. Em seguida, é preciso passar pela mesa de credenciamento, onde o participante receberá um crachá com seu nome, uma pulseira do evento e uma bolsa personalizada da FLIPOP, com a programação e muitos marcadores de páginas dentro.
O primeiro dia de evento contou com uma fila grande para a mesa do credenciamento por volta das 14h, que se estendeu até às 15:30h. Assim, a abertura do festival, que estava programada para se iniciar às 14h, atrasou 30 minutos. Os debates começaram logo em seguida, terminando no horário previsto, sem prejudicar o andamento do evento.
Os debates foram realizados, simultaneamente, em dois espaços: na Sala Adoniran Barbosa e no Espaço Missão. Eles são um dos pontos altos do evento, promovendo a discussão de temas literários pelos autores com um olhar crítico, que envolve o ouvinte. Para quem gosta de literatura, é um momento de reflexão de sua vivência literária.
O primeiro debate da Sala Adoniran Barbosa tinha como tema O que a História não contou. As convidadas eram Duda Porto de Souza, uma das autoras de Extraordinárias, as mulheres que revolucionaram o Brasil, Jarid Arraes, autora de Heroínas Negras Brasileiras em 15 cordéis, e Lavínia Rocha, autora de Olhos Fechados, com mediação de Pétala Souza. A discussão debruçou-se sobre pessoas e vozes invisibilizadas ao longo da História e da literatura e a necessidade de, hoje, “dar protagonismo a quem tem”, como falou Duda. Isto é, ter a responsabilidade de resgatar protagonismos de negros, mulheres, deficientes e de pessoas LGBTQ+ na literatura, que ainda se predomina branca, heteronormativa e sudestina. “A literatura é sempre política”, finaliza Jarid Arraes.
O terceiro debate, na Sala Adoniran Barbosa, com o tema O que torna um livro juvenil um clássico?, discutiu sobre livros que ultrapassam o seu tempo ao resgatar emoções genuinamente humanas. Participaram a escritora e professora Luana Chnaiderman, a editora Carla Biteli e o renomado escritor infanto-juvenil Pedro Bandeira. Nessa mesa, chamou-se a atenção para a necessidade de criticidade e verdade na literatura. “Os livros clássicos são espelhos. Você entra no jogo da arte”, mencionou Pedro.
No sábado, dia 03, o evento é das 14h às 22h, e terá nove mesas de debates, com a participação de escritores estrangeiros. As sessões de autógrafos se iniciam às 14:30h. Ainda dá tempo de mergulhar na experiência da FLIPOP. Vem!
Quando: Sábado (03/08) das 14h às 22h e Domingo (04/08) das 14 ás 19h
Preço: 20 reais a meia e 40 reais a inteira
Confira a programação do evento e mais informações no site: http://www.flipop.com.br/