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Festival Internacional de Documentários ‘É Tudo Verdade’ | Cerimônia de Abertura

O mais antigo festival dedicado exclusivamente à mostra de documentários da América Latina celebra 30 anos em abertura na capital paulista
Por Clara Hanek (clarahanek@usp.br)

Na noite da primeira quarta-feira do mês de abril (2), aconteceu a trigésima Cerimônia de Abertura do Festival Internacional de Documentários ‘É Tudo Verdade’. Centenas de espectadores e entusiastas reuniram-se  na Cinemateca Brasileira para prestigiar o início do evento, que aconteceu entre 3 e 13 de abril. A programação do Festival foi exibida em salas no CineSesc, na Cinemateca, no Centro Cultural de São Paulo e no Instituto Moreira Salles.

Como de costume para o Festival, a entrada foi franca. Tal democratização é garantida graças ao apoio dos patrocinadores, sendo o principal deles o Itaú. 

Dora Mourão, diretora da Cinemateca e professora emérita da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), iniciou a cerimônia. Ela destacou a presença do atual secretário municipal de cultura, José Antônio Silva Parente, conhecido como Totó Parente, e também a importância de seu retorno  à Cinemateca fora de eventos. Agradeceu também a presença de representantes de associações, entidades, da classe cinematográfica e da cultura brasileira, em nome de toda a equipe da Cinemateca. 

Em seguida, Amir Labaki, jornalista fundador do Festival, assumiu o palco. “Trinta anos não são 30 dias. Na verdade, são 10.950 dias. Eu só tenho a agradecer, em nome da equipe do ‘É Tudo Verdade’, a todos e todas, que nessas três décadas, ajudaram a construir essa Casa Brasileira de Documentário.”

Um vídeo que recapitula as três décadas de festival foi exibido no telão e, em seguida, o curador voltou a comentar sobre a importância do apoio local às artes, o qual chamou de “enraizamento na cidade”. Depois, chamou ao palco Lyara Oliveira, presidente da SPCine. Lyara explica que a empresa é o ente que executa todos os patrocínios e ações voltadas ao audiovisual em São Paulo. Finaliza desejando a todos um ótimo período de filmes e documentários e passa a palavra à Totó Parente.

O secretário municipal inicia sua fala congratulando Labaki: “Conseguir manter por 30 anos um festival dessa estatura, dessa qualidade, tem que ter muito amor à causa, tem que ter muita vontade. Parabéns, Amir.” Totó comenta sobre os futuros editais da prefeitura concernentes ao orçamento de fundos para o audiovisual. Diz, também, que o propósito da sua Secretaria é criar o maior edital de incentivo da história de São Paulo. Termina com a promessa: “Amir, conte conosco e ano que vem pode ter certeza que a ajuda será maior.”

O Rio de Janeiro recebeu, simultaneamente, o Festival, em três salas de cinema [Imagem: Reprodução/Acervo Pessoal/Clara Hanek]

Labaki assumiu novamente o microfone para iniciar os agradecimentos ao Sesc. Ele conta que, no ano que criou o festival, foi apoiado pelo ex-diretor Danilo, já falecido, que acreditou na ideia desde o princípio. Agradece o atual diretor, Luiz Galina, e convida Érika Mourão Dutra, gerente de Ação Cultural do Sesc-SP, ao palco.

A gerente destaca a importância do Festival por ser uma oportunidade, às vezes rara, para o público geral entrar em contato com outras histórias, culturas e perspectivas. Érika saúda o ‘É Tudo Verdade’ por acolher uma pluralidade de visões de mundo, com documentários que colocam em evidência temas sociais urgentes. “Para a realização de um festival desse porte, a mobilização de parceiros com propósitos e objetivos convergentes torna-se essencial para sua continuidade no tempo”, aponta.

 “Todo trabalho de formação e desenvolvimento no campo da cultura precisa de permanência e reflexão crítica”

Érika Mourão

Labaki finaliza o discurso ao dizer que o Festival deste ano é composto por 85 filmes de 30 países. Ele agradece, então, os cineastas, os produtores técnicos e o comitê de seleção — composto por professores acadêmicos, críticos de cinema e os próprios cineastas — e convida Oswaldo Santana, diretor de Ritas (2025), e as produtoras da Biônica Filmes, Karen Castanho e Bianca Villar, a apresentarem o filme. 

Castanho agradece à família de Rita Lee — Roberto de Carvalho e os filhos — e Guilherme Samora, jornalista que era próximo dela, organizou os arquivos e memórias da cantora e editou seus livros.

“É a trilha sonora da nossa vida, dessa mulher que foi tão importante, não só para a música, mas para todas as mulheres”

Karen Castanho

Após todos os discursos de abertura, com a presença ilustre de Ney Matogrosso, o documentário começou — junto com a chuva. Nem a água que molhava a área externa impediu a experiência: cadeiras foram arrastadas e os espectadores se juntaram em uma porção externa coberta para continuar assistindo. 

Em certo momento do filme, Rita pergunta, durante um show com muita chuva na Terra da Garoa, se os fãs estavam bem. A comicidade da situação fez risadas altas ecoarem pela Cinemateca. A ode à roqueira encerrou a noite de abertura do Festival com extensivos aplausos e assobios. 

*Imagem de capa: Reprodução/Acervo Pessoal/Clara Hanek

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