Após uma lacuna de três anos entre o último filme lançado da franquia, finalmente Maze Runner: A Cura Mortal (Maze Runner: The Death Cure, 2018) chega às telonas. O ator principal, Dylan O’Brien, sofreu um acidente em set e fraturou diversos ossos da face e Kaya Scodelario, seu par romântico na trama, teve que se afastar das gravações por conta da sua gravidez. Esses eventos atrasaram as filmagens, mas também garantiram uma super produção para o filme que encerra a trilogia.
O longa começa repleto de ação e mantém o ritmo acelerado até o último segundo. Os efeitos especiais são muito bem feitos e contrastam com os dois filmes anteriores. Para os fãs órfãos de Jogos Vorazes (The Hunger Games, 2012-2015) e para aqueles que foram decepcionados pela franquia Divergente (The Divergent Series, 2014-2016), Maze Runner: A Cura Mortal pode preencher esse espaço com uma distopia cheia de personagens cativantes, uma boa produção e um fim digno.
Os efeitos sonoros criam uma atmosfera na sala de cinema e a experiência do espectador é a de que ele está vivendo o filme ao lado das personagens. Além de Dylan O’Brien, ator intérprete de Thomas, que mostra seu futuro promissor com uma atuação dramática e natural, mais dois atores roubam a cena. Rosa Salazar enche a tela interpretando Brenda. A personalidade marcante, o gênio forte e a determinação a colocam no centro do longa, assim como seu genuíno amor por Thomas, que transborda durante suas ações.
O pequeno Newt (Thomas Sangster), que de pequeno não tem nada, acaba se tornando uma das peças principais da trama. Assim como nos outros filmes, ele se destaca mais uma vez e consolida o carisma do público pela sua personagem, que faz o cinema todo cair em lágrimas. A amizade de Newt e Thomas é muito tocante e esse é um tema recorrente em Maze Runner, já que este filme se inicia com os meninos arriscando suas vidas para salvar o amigo, Minho (Ki Hong Lee), de ser levado pelo C.R.U.E.L.
Temendo serem novamente uma cobaia para os experimentos, as personagens passam o filme inteiro fugindo de C.R.U.E.L. O vírus Fulgor continua assolando a humanidade e desespera a todos, ao se mostrar uma doença sem cura. Em um mundo no qual a Clareira parece algo distante, eles terão que arriscar vidas para salvarem os humanos, seja do Fulgor ou do plano de C.R.U.E.L.
Um problema do longa é que os empecilhos parecem ter soluções muito rápidas e fáceis. Quando os clareanos chegam ao clímax do perigo, as situações se resolvem do nada. Isso deixa a trama um pouco pobre, porque a ação a todo custo deve sempre vir acompanhada de uma ajuda que proteja as personagens. Mesmo saindo ilesos de acontecimentos mortais, duas grandes mortes marcam o último filme da trilogia. O apego causado após quatro anos de produção faz com que mesmo o espectador que leu o livro se choque e se emocione. Uma das mortes promete deixar corações angustiados enquanto a outra parece demasiadamente teatral, até meio tosca, mas gera um final heróico à personagem. Um plot twist ocorre e um clareano inesperadamente volta a fazer parte da história.
Maze Runner: A Cura Mortal fecha de maneira convincente a trama. Envolvente e cheio de ação, o longa tem tudo para bater a audiência dos filmes anteriores e de preencher a lacuna de distopias infantojuvenis, servindo ao seu propósito. Com efeitos visuais bem feitos, adrenalina e plot twists, o filme não deixa a desejar, pelo contrário, até surpreende.
Maze Runner: A Cura Mortal chega aos cinemas dia 25 de Janeiro. Confira o trailer:
por Júlia Vieira
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