Por Andrey Furmankiewicz (andreyffurman@usp.br) e Matheus Ribeiro (matheus2004sa@usp.br)
A NBA House esteve de volta para sua sexta e maior edição no Brasil, durante os dias 6 a 23 de junho no Parque Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo. Nesse período, o evento conseguiu reunir mais de 50 mil torcedores (aumento de aproximadamente 10% em relação ao ano anterior) para assistirem nas telas do local o duelo entre Boston Celtics e Dallas Mavericks pelas finais da temporada de 2023/24 da NBA. Além disso, contaram com um espaço ampliado de 5 mil metros quadrados, inúmeras atrações interativas, quadras, telões, restaurantes e uma loja oficial da maior liga de basquete do mundo.
Ingressos
Os ingressos foram divididos entre Fan Day e Game Night. O primeiro consistia nas sextas, sábados e domingos que não tinham jogos, em que o objetivo era aproveitar o espaço e as atividades e brincadeiras proporcionados pelo evento. Já o dava acesso às noites dos jogos, quando o público, além de aproveitar as programações, se reuniu para assistir às partidas nas telonas.
Durante o Game Night, os ingressos foram divididos em três setores: Pista, Arquibancada e NBA Lounge, com os preços variando entre R$ 150 e R$ 520. Já nos Fan Days, os preços eram mais acessíveis, com valores entre R$ 44 e R$ 130. Houve um aumento de até mais de 100% em alguns ingressos, em comparação com a edição de 2023 da NBA House.
Atrações
- Telão de alta definição e quadra interna: tela gigante para os fãs assistirem aos jogos das finais e outros conteúdos. Além disso, havia uma quadra na frente do telão onde os espectadores podem jogar, assistir e participar de programações, como jogos, atividades com ex-jogadores e celebridades, concursos de arremessos e mais.
Fan day na NBA House [Andrey Figueiredo Furmankiewicz/Acervo Pessoal]
- Convidados internacionais: o evento trouxe os mascotes do Miami Heat e do New Orleans Pelicans, as equipes de dança do Golden State Warriors e do Washington Wizards e os times de enterrada do Indiana Pacers e do Houston Rockets para animarem o público.
Equipe de enterrada dos Pacers animando o público [Reprodução/X: @NBABrasil]
- Estandes dos patrocinadores: as oito patrocinadoras do evento (Budweiser, Gatorade, Helmann’s, Popeye’s, Rufles, Sadia, Sustagen e XP) organizaram estandes com diferentes atividades que testam a habilidade e o conhecimento dos torcedores sobre a NBA e o basquete em geral.
- Replay Center e Troféu Larry O’Brien: o replay center consistia em uma cabine onde os participantes avaliam lances e jogadas como árbitros da NBA. Também estava em exposição no local uma réplica da taça dos campeões da liga, o troféu Larry O´Brien.
O troféu foi criado em 1977, homenageando o comissionário da NBA entre 1975 e 1983. Desde então, 17 franquias já o conquistaram [Reprodução/X: @NBABrasil]
- Área externa com praça de alimentação: diversos food trucks de empresas parceiras da NBA no Brasil, e outra quadra e telão que compõem o espaço ao ar livre do evento.
Atividades na quadra externa [Andrey Figueiredo Furmankiewicz/Acervo Pessoal]
- Loja NBA: loja com grande variedade de produtos oficiais e licenciados da NBA e outras marcas ligadas ao basquetebol, incluindo: regatas, camisas, shorts, blusas, tênis, acessórios, etc.
Regatas dos dois finalistas na vitrine da loja [Andrey Figueiredo Furmankiewicz/Acervo Pessoal]
As finais
Jayson Tatum, Jaylen Brown e companhia trouxeram o 18° título para a franquia de Massachusetts, superando o Los Angeles Lakers, com 17, e se tornando a equipe mais vencedora da história da liga, com Brown levando o MVP (Most Valuable Player – jogador mais valioso) das finais. Os celtas conquistaram seu primeiro título em 16 anos após baterem na trave em 2022, quando perderam para o Golden State Warriors.
A série começou com Boston fazendo o dever de casa nos dois primeiros jogos. Com certa tranquilidade e grande performance coletiva e individual de Brown e Kristaps Porzingis no primeiro jogo, e Jrue Holiday no segundo, os celtas abriram 2 a 0 na série, apesar dos esforços ofensivos de Luka Doncic.
O jogo três em Dallas foi extremamente disputado e emocionante, com os Celtics abrindo grande vantagem no terceiro quarto, reduzida pelos Mavericks no último quarto. Porém, a expulsão de Doncic, após cometer sua sexta falta, foi letal para o time do Texas, que perdeu o terceiro jogo em casa, depois de quase conseguirem a virada.
No jogo quatro, os Mavericks conquistaram sua primeira vitória, mas já era tarde demais. O tabu de nenhum time na história da liga virar um 3 a 0 se repetiu, e os Celtics finalizaram a série na frente da sua torcida no jogo cinco, se sagrando campeões pela décima oitava vez.
Festa do elenco celta após a conquista do título na sua arena, o TD Garden [Reprodução/X: @NBA]
Considerações finais
O desenvolvimento e aprimoramento da NBA House durante os anos demonstra o crescimento da liga e do basquete no Brasil, assim como a capacidade do esporte de conquistar mais adeptos de todas as idades no país.
Segundo o comentarista da NBA do Amazon Prime, Ricardo Bulgarelli: “A NBA House vai crescendo a cada ano, isso mostra a importância do basquete no país. Temos a primeira e única NBA House no mundo. Quem não veio está perdendo um evento grandioso e a oportunidade de se aproximar da NBA e do mundo do basquete.”
O evento conseguiu conectar ainda mais os torcedores com a associação; trazer novos fãs, devido a sua magnitude e visibilidade nas redes sociais e inspirar futuros atletas da bola laranja na nova geração.
Como pontos negativos podem ser ressaltados o preço dos ingressos, que aumentou consideravelmente em comparação ao ano anterior. As filas são grandes e demoradas para a maioria das atividades, em decorrência da superlotação do espaço e falta de organização dos realizadores do evento. Além disso, críticas em relação ao preço dos alimentos, a segurança, principalmente nos dias mais lotados, e a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência também foram feitas pelo público.
Por fim, a NBA House 2024 pode ser considerada um sucesso em termos gerais pela maioria dos fãs. Apesar dos pontos negativos, o evento conseguiu apresentar uma experiência ainda mais imersiva que nos anos anteriores pelas ampliações que trouxe.
Foto de capa: [Matheus Ribeiro/Acervo Pessoal]