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Sol da Meia-noite: mais que um romance clichê norte-americano

Ao adentrar a sala de cinema para assistir Sol da Meia-noite (Midnight Sun, 2018) imaginei que fosse assistir mais um daqueles típicos romances norte-americanos: o atleta popular da escola, que se mostra um “príncipe encantado” e se encanta pela  garota impopular mesmo tendo a líder de torcida “mais bonita” aos seus pés. Eles se apaixonam, …

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Ao adentrar a sala de cinema para assistir Sol da Meia-noite (Midnight Sun, 2018) imaginei que fosse assistir mais um daqueles típicos romances norte-americanos: o atleta popular da escola, que se mostra um “príncipe encantado” e se encanta pela  garota impopular mesmo tendo a líder de torcida “mais bonita” aos seus pés. Eles se apaixonam, tem inúmeros empecilhos no meio da trajetória e no final eles as superam e vivem felizes para sempre. Mas não é bem isso que acontece.

Kaite, Morgan e Charlie chegando a uma festa (Imagem: Divulgação)

O filme conta a história de Katie Price (Bella Thorne) que tem uma doença muito rara, o xeroderma pigmentoso (XP). A doença, a qual afeta 1 a cada 200 mil pessoas, impede que os pacientes fiquem expostos a luz solar pela alta sensibilidade da pele que pode gerar tanto pequenas lesões, quanto um câncer de pele. Além de alterações oftalmológicas e comprometimento neurológico. A exposição ao sol poderia levar Katie a morte.

Como o pai de Katie perdeu a esposa quando a filha ainda era bem pequena ele toma todos os cuidados com ela. Sendo não só extremamente superprotetor, como também um pai coruja que atende todos os desejos da filha desde que eles não incluam sair de casa durante o dia.

Assim a personagem não vai à escola, à praia, ao parque ou qualquer outra atividade que crianças e adolescentes sem o XP costumam fazer. As únicas distrações dela são ir à estação de trem depois do pôr do sol para tocar seu violão e cantar e conversar com sua única amiga Morgan (Quinn Shephard) durante horas em seu quarto.

Até que um dia Charlie (Patrick Schwarzenegger) a escuta tocando e isso muda inteiramente a vida dos dois. Os dois começam a se encontrar e Katie sempre inventa uma desculpa para não sair com ele durante o dia, assim os encontros são sempre noturnos. Charlie apresenta a ela uma vida que até então ela não conhecia: a de um adolescente norte americano que acabou de se formar.

Os dois vão a festas e shows juntos e ela, que é apaixonada pelas estrelas, saí para explicar mais sobre as constelações para ele, e assim os dois seguem com um romance pelas noites da cidade. Mas Katie não revela a verdade sobre a sua doença a Charlie e as consequências dessa omissão não demoram muito a aparecer.

Katie toca violão no quarto com Morgan (Imagem: Divulgação)

O sentimento mútuo que rola entre os dois é passado a quem está assistindo de maneira que torna quase impossível não se apegar ao casal. A forma como eles apoiam os sonhos um do outro, apesar de enfrentarem dificuldades, terem medos e receios é simplesmente encantadora.

A forma como a história é construída desperta a curiosidade no espectador de como será o desfecho da trama, mas ao mesmo tempo faz com que ele, antes do clímax, deduza qual vai ser o final da história ‒ o que não faz com que seja menos emocionante assisti-lo. É aquele clássico romance que te prende até o final, mesmo tendo um enredo clichê. O filme pode tirar lágrimas daqueles mais emotivos, e aqueles que não são podem até não chorar, o que não significa que não serão tocados pelo desfecho.

Sol da Meia-noite estreia dia 14 de junho nos cinemas. Confira o trailer abaixo: 

Por Thaislane Xavier
thaislanexavier@usp.br

 

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