Bruna Buzzo
Entre um donut vendido e outro, o simpático protagonista de Sexdrive – Rumo ao Sexo tenta levar sua vida tranquila em Chicago e esquecer-se de que, aos 18 anos, ainda é virgem. Ian (Josh Zuckerman) já não aguenta mais as brincadeiras ofensivas de seu irmão mais velho Rex (James Marsden), um típico pós-adolescentes chato a la Stifler (American Pie); isso sem falar nas gozações que escuta de seu melhor amigo Lance (Clark Duke).
Esta é a triste história de Ian: seu grande problema nada mais é do que psicológico. Com um amor reprimido, o menino se refugia em uma garota que conhece pela internet, para quem diz ser um forte e atlético jogador de futebol americano com um belo carro (enquanto é apenas um garoto magro, não muito alto e que usou uma foto do carro do irmão Rex). Incentivado pela ausência de sua família durante um final de semana e por seu amigo Lance, Ian pega o carro de seu irmão e parte rumo a distante cidade de Knoxville, Tennessee.
Por um acidente, a melhor amiga Felicia (Amanda Crew) acaba indo junto com os dois amigos, junto ao que pretende ser a última viagem do garoto enquanto um “menino virgem”. Como esperado em uma comédia adolescente, tudo dá errado para o protagonista que se veste de donut para ganhar alguns trocados de tarde ou defender seus amigos.
Ao mesmo tempo em que torcemos pelo sucesso de Ian, por sua vitória sobre o irmão chato e pelo sucesso de seu romance, nos divertimos com as desgraças enfrentadas pelo grupo nos mais de 860 km que separam Chicago de Knoxville. O núcleo amish merece um destaque a parte, do pequeno Ezekiel (Seth Green), que conserta carros chiques apesar da carruagem e da barba longa à doce Mary (Alice Greczyn), passando por jovens amishs loucos em seus últimas noites de “liberdade” antes de se fecharem para quaisquer influencias do mundo moderno. Sexdrive é um filme engraçado, com cenas hilárias e algumas reviravoltas raras neste tipo de filme, geralmente tão simplista e previsível.