por Natalie Majolo
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Toda pessoa possui um sonho na vida. Alguns querem ficar ricos, outros querem ter um nome reconhecido; geralmente são desejos que remetem à ideia de “sucesso”. Um dos tipos de sucesso na vida é o de construir uma família. Em Pai em Dose Dupla (Daddy’s Home, 2015), o protagonista Brad (Will Ferrell), apesar de exercer um cargo executivo em uma rádio, sonha em ser pai.
Ao se casar com Sara (Linda Cardellini), Brad recebeu dois enteados. Sua relação de conquista das crianças é uma batalha constante, e cada sinal de melhora é comemorado – diga-se de passagem que é um padastro emotivo. A base familiar é abalada pela chegada do pai biológico das crianças, Dusty (Mark Wahlberg). Ele possui um objetivo claro: expulsar Brad e reconquistar a família. É iniciada uma rixa que transcorre o filme inteiro, e remete a instintos primitivos, no qual dois machos lutam pela fêmea.
Para conseguirem o “troféu”, Brad e Dusty tentam afastar o adversário do ser amado. Dada a dificuldade, ambos apelam para o instinto familiar na tentativa de conquistar o coração dos filhos, para então reafirmar o amor pela mãe, Sara. Artimanhas consumistas de presentes e demonstrações fúteis de virilidade são as maneiras mais usadas para chamar a atenção dela e das crianças.

O filme é cercado por esteriótipos: Brad é um homem “almofadinha”, sempre arrumado e sorridente; Dusty é um homem perigoso, animalesco e imprevisível; Sara é a boa mãe que tende a deixar as grandes decisões para o “chefe” da casa. Até a chegada de Dusty, a família vivia um sonho de vida americano.

Apesar dos pesares típicos de filmes de comédia, os risos não são baseados em preconceitos ou estigmas sociais. Mais: nos faz pensar no quanto a estrutura familiar é relativa. O que é a família, o que precisamos para que sejamos felizes? Obviamente o filme não responde a questões tão complexas, mas demonstra que o mais importante, sempre, é o amor.
Pai em Dose Dupla é dirigido por Sean Anders e estreia dia 28 de janeiro.
Confira o trailer: