1964. Os Beatles apareciam na televisão pela primeira vez, no programa Ed Sullivan Show, da TV CBS. Foram apenas cinco canções– All My Loving, Till There Was You, She Loves You, I Saw Her Standing There e I Want To Hold Your Hand- e a audiência de mais de 70 milhões de espectadores confirmava que a banda já havia se tornado um fenômeno mundial. 2014, 50 anos depois. A exposição “Beatles, 50 anos de história” vem para ratificar que a banda ainda é esse fenômeno e que permanece viva em todos os corações.
Love, love, love… É o suficiente pra descrever a exposição que acontece no Centro Britânico, em Pinheiros. Amantes de todas as idades rodeados daquilo que sempre fez parte do imaginário de fã, agora real. Em todo o espaço é possível sentir o clima de amor, e mais que isso, de gratidão à banda. Everything seems to be right.
Logo na entrada, um painel com a famosa foto dos Beatles atravessando a Abbey Road. Não há quem não pare para tirar uma foto junto com a banda. “Sabe, eu vim do Rio de Janeiro só pra ver essa exposição”, disse o rapaz que pediu para tirar sua foto entre o George e o Paul. Ao lado, uma cabine telefônica inglesa e placas com as ruas Forthlin Road e Mathew Street fazem você se sentir em Liverpool.
Uma linha do tempo mostra os principais acontecimentos da história da banda e de cada beatle em particular, começando pelo nascimento até a separação do grupo, passando pelo primeiro show e a estreia do filme “A Hard Day’s Night”, em 1964. Além das informações pessoais, a linha conta também com discos autografados, fotos e ingressos de shows.
Há uma vitrine reservada para cada beatle, como uma espécie de santuário particular. Cada uma com fotos, revistas e pôsters. Há algumas fotos de George com o curador da exposição, Marco Antônio Mallagoli, um botton de Ringo Starr e também o autógrafo que John Lennon deu à Mallagoli, dois meses antes de ser assassinado. O contrabaixo Hofner assinado por Paul McCartney, duas guitarras Gretchen feitas em homenagem a George Harrison e um violão autografado por John Lennon também são destaque na exposição.
A música ambiente ora nos deixava extasiados e dançantes, com “She loves you”, ora pensativos e nostálgicos, tocando um “Hey Jude”. Além disso, cada visitante pode se sentir um integrante da banda, pois há um palco com microfones e um telão mostrando os garotos de Liverpool.
E quanto aos fãs? Absolutamente de todas as idades. Desde crianças aos mais idosos. Todos ali têm uma lembrança particular da banda. “Eu comecei a ouvir por causa dos meus pais. Lembro que eu brincava de boneca ouvindo as músicas dos Beatles. E mais tarde quando fui para Liverpool, foi a coisa mais incrível.”- disse Tânia. Fãs vestindo camiseta da banda, fotografando freneticamente o seu beatle favorito, ou todos eles. “Não tem como escolher apenas um beatle”- diz Carolina, uma organizadora da exposição – “Todos eles foram importantes. Se não tivesse um deles, não seria a mesma coisa, não seriam os Beatles.” Já Tânia foi enfática na resposta: George. George, com certeza!
É uma exposição pequena, mas repleta de conteúdo. Sem dúvida merece ser vista por todos: desde os mais beatlemaníacos àqueles que gostam apenas de uma música ou outra, por quem tem um beatle preferido e também por quem não tem. Por crianças, jovens, adultos, idosos. There is a place where “you” can go. Esse lugar é a exposição.
Por Isadora Vitti
vittidora95@gmail.com