Nesta terça-feira (13), o embate tão esperado entre a Argentina e a Croácia aconteceu. O jogo, que revelaria qual seleção avançaria para a tão sonhada final, ocorreu no Estádio Lusail, às 16h no horário de Brasília.
A partida começou um tanto lenta, sem muitos ataques de ambas as seleções. Com apenas troca de passes rolando pelo campo, nenhum dos dois times chegou a fazer alguma finalização até os 15 minutos. A ideia era clara: não dar espaço para o adversário marcar gols.

Não era de se esperar que tal atitude fosse diferente. De um lado estava a Croácia, vice-campeã da Copa de 2018. Do outro, a Argentina, que, além de acumular dois Mundiais na conta, chegou recentemente à final da Copa, em 2014. Agora, o que estava em campo eram duas seleções gigantescas disputando por uma vaga no Mundial do Catar.
Após eliminar a seleção brasileira nas quartas de final, os croatas possuíam boas chances de mandar os argentinos para casa. Com um time forte, caracterizado pelas excelentes marcações e uma boa defesa de campo, além de um goleiro que não perde uma bola, os croatas seguraram os argentinos até os 30 minutos. Contudo, eles não contavam com a velocidade do camisa 9 somada à persistência do camisa 10 da seleção sul-americana.
O primeiro gol viria a ser feito por Julián Álvarez. Jovem promissor e uma das grandes promessas da seleção argentina, o camisa 9 estava decidido a abrir o placar para os hermanos.
Recebendo a bola de Enzo Fernández e já na área, Julián chegaria a rede totalmente livre e sem defesa. Mas nesse meio tempo, foi derrubado pelo goleiro Livakovic, que se chocou contra o jovem, o impedindo de completar sua finalização. O VAR averiguou e o árbitro marcou pênalti para os hermanos.
Diferentemente da seleção brasileira, que não iniciou seus pênaltis com o melhor atacante, a seleção argentina não errou: colocou Messi para fazer a cobrança. E o camisa 10 não falhou, marcou o primeiro gol para o seu time, com um belo chute, alto e cruzado.
Se os croatas achavam que parava por aí, estavam enganados. Em menos de 5 minutos, perto do fim do primeiro tempo, Julián Álvarez volta novamente com seu estrelismo e dessa vez com mais velocidade. Numa tentativa bem-sucedida de fazer um contra-ataque, o atacante recebeu na intermediária e conduziu a bola até o campo do adversário, finalizando com um lindo chute.
O terceiro título parece estar mais perto do que nunca para nossos hermanos e a felicidade foi ouvida em todo estádio, com a alegria estampada em cada grito dos torcedores da seleção sul-americana. Assim, a primeira etapa terminou com 2 a 0 para a Argentina.
O segundo tempo foi marcado por uma tentativa fracassada dos croatas em chegar até a rede dos argentinos. Se, na partida anterior, o goleiro da Croácia chamou a atenção pela sua impecável defesa, nesse jogo o papel se inverteu: os holofotes foram para Dibu Martínez. O goleiro argentino defendeu todas as pouquíssimas finalizações realizadas pelos jogadores croatas.
Enquanto isso, a Argentina estava em vantagem com seus contra-ataques, ampliando seu placar aos 24’ do segundo tempo, com uma jogada genial de Messi. Após chegar pela lateral até a área do adversário, Lionel, marcado pelo zagueiro Gvardiol, persistiu com a bola, fez um desvio, driblou, brecou e mandou por trás direto para Julián, que, em um piscar de olhos, marcou o terceiro gol. 3 a 0 para nossos hermanos.
Se Messi peca na velocidade, Julián completa na qualidade. O jovem destaque foi o responsável por dois gols nesse jogo e quatro na Copa do Catar. A juventude do camisa 9 mais a maturidade do camisa 10 garantiu à seleção argentina a classificação à final. Agora, resta esperar para saber se Lionel Messi, que anseia pelo único título que falta na sua carreira, alcançará a vitória no seu último Mundial. E se Julián, que estreou pela primeira vez na Copa do Mundo, levantará a taça logo de primeira.
Para tal, a seleção argentina terá uma grande concorrente à altura: os vencedores da Copa de 2018, os franceses. A partida acontecerá neste domingo, no Estádio Lusail, às 12h no horário de Brasília.
A Argentina, comandada pelo técnico Lionel Scaloni, entrou em campo com o goleiro Dibu Martínez; os laterais N. Molina e N. Tagliafico; os zagueiros Cristian Romero e Nicolás Otamendi; os meio-campistas Rodrigo de Paul, Enzo Fernández, L. Paredes e Alexis McAllister; e os atacantes Julián Álvarez e Lionel Messi. O esquema tático utilizado foi 4-4-2.
Já a seleção croata, treinada por Zlatlko Dalic, contou com um esquema tático 4-3-3. Jogaram o goleiro Livakovic; os laterais Sosa e Juranovic; os zagueiros Givardiol e Lovren; os meio-campistas Kovacic, Pasalic e Perisic; o volante Brozovic; e os atacantes Modrovic e Kramaric.
*Imagem de capa: Reprodução/Instagram