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Animado e dançante, Gloria Bell é sobre mulheres de verdade

Uma mulher divorciada de meia-idade que ama dançar e costuma cantarolar músicas pop em seu carro. Várias mulheres se encaixariam nessa descrição da protagonista de Gloria Bell (2019), não fosse Julianne Moore a atriz que traz singularidade à personagem que nomeia o filme. O longa é uma refilmagem do chileno Gloria (2013) e, apesar de …

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Uma mulher divorciada de meia-idade que ama dançar e costuma cantarolar músicas pop em seu carro. Várias mulheres se encaixariam nessa descrição da protagonista de Gloria Bell (2019), não fosse Julianne Moore a atriz que traz singularidade à personagem que nomeia o filme. O longa é uma refilmagem do chileno Gloria (2013) e, apesar de perder com a falta da identidade latina, consegue fazer o espectador se identificar com a vida da protagonista.

Gloria é mãe, avó e solteira. O filme é retrato de uma mulher autônoma que equilibra sua rotina de escritório com noites de dança em um bar de Los Angeles. Para os que apreciam uma dose de vergonha alheia, assistir uma pista de dança lotada de cinquentões dançando ao som de música disco pode ser uma boa pedida. Ainda assim, a confiança da personagem ao dançar ilustra perfeitamente sua personalidade como um todo.

A construção da narrativa contribui para compreendermos quem é Gloria Bell e como ela lida com seus relacionamentos, amorosos, ou não. A protagonista tem dois filhos já adultos e conhece Arnold (John Turturro), com quem se aventura romanticamente. A história com Arnold, apesar de preencher grande parte do longa, acaba sendo secundária, já que o principal relacionamento desenvolvido é o de Gloria consigo mesma.

E é aí que Julianne Moore brilha. Em um filme cuja narrativa não é tão cativante, o jeito como a atriz interpreta se destaca e é ela quem carrega nas costas a qualidade do longa. Moore consegue transparecer a confiança da protagonista, seja atirando com uma arma de paintball ou lidando com um jantar em família ao lado dos filhos e do ex-marido. Ao mesmo tempo, em uma cena na qual ela precisa recorrer ao colo da própria mãe, a vulnerabilidade de Gloria sensibiliza qualquer um.

A atuação de Moore é o ponto mais forte do longa. [Reprodução]

Os que não assistiram ao filme original, lançado em 2013, não conseguem fazer uma comparação justa entre os dois. No entanto, assistir o trailer da versão chilena nos permite perceber que a língua espanhola e o cenário latinoamericano trazem outra atmosfera ao longa — atmosfera que talvez cative mais que apenas a narrativa do filme norte americano.

Gloria Bell conta a história de uma mulher verdadeira. Isso faz dele uma boa escolha para mulheres que desejam refletir sobre a realidade e sobre as decisões que tomam diariamente. Homens também estão convidados a assistir e gostar, afinal é possível suscitar reflexão na masculinidade também.

O longa estreia nos cinemas dia 28 de abril. Confira o trailer:

por Gabriela Bonin
gabibonin@usp.br

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