Jornalismo Júnior

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Onde estão os ídolos no futebol desta geração?

Como a base, o mercado da bola e as redes sociais afetam a formação de novos nomes imortalizados tanto na seleção quanto no esporte nacional

Por Aline Noronha (alinenoronha@usp.br)

Neymar volta ao Brasil, mas com apenas um contrato de seis meses, que na prática são quatro. Cássio, Dudu e Gabigol vão para o Cruzeiro de forma polêmica acompanhados de falas ácidas sobre seus antigos clubes e o elenco do Botafogo praticamente se desfaz após a conquista da Libertadores e Campeonato Brasileiro em 2024.

Inconstância, atitudes controversas, arrogância e, frequentemente, erros em campo. São essas repercussões negativas de ídolos atuais, tanto nos times brasileiros quanto na Seleção, que fazem com que os torcedores busquem referências do que é um bom futebol em comparação ao passado. 

Não apenas torcedores, como também jogadores aposentados, não seguram o tom crítico ao esporte de hoje. Em entrevista ao portal Omelete, Romário, ídolo do futebol nacional, expõe: “O futebol hoje é jogado bem diferente. Os jogadores não dão mais a alma, não têm mais aquela vontade”. Entre comparações, cobranças e desilusões, a pergunta que o público constantemente faz é: por que existem menos ídolos no futebol brasileiro?

“A pátria das chuteiras”

Jogadores como Pelé, Rivellino e Garrincha marcaram o período de ouro do futebol brasileiro. Com atuações marcantes e títulos conquistados, transformaram o esporte em um espetáculo para o público, tanto nos campeonatos brasileiros quanto com a Amarelinha.

Imagem da escalação da Seleção Brasileira de 1970, em partida disputada pela Copa do Mundo daquele ano.

Em 1970, com o comando de Zagallo, o Brasil venceu a Copa do Mundo de forma invicta e goleou a Itália na final por 4 a 1 [Reprodução/Wikimedia Commons]

De acordo com o ensaio “A crise do futebol brasileiro: perspectivas para o século XXI”, escrito pelo sociólogo Ronaldo Helal e pelo antropólogo Cesar Gordon, os anos dourados estão entre 1933, com a profissionalização do futebol, e 1970, com a conquista da terceira Copa do Mundo. Esse processo não se deu unicamente pelo que era apresentado em campo: os intelectuais e a imprensa ajudaram a usar o esporte como uma ferramenta integradora entre o Estado e o povo em um período de instabilidade política.

Por meio dos investimentos para reforçar o ideal de união e harmonia brasileira, o futebol atingiu o seu máximo ao ganhar as Copas de 1958, 1962 e 1970. Além disso, com Pelé, o Santos venceu o bicampeonato da Libertadores e do Mundial Interclubes em 1963. Nesse mesmo ano, o fim do Campeonato Carioca reuniu mais de 117 mil torcedores no Maracanã, em 1969 Pelé fez seu milésimo gol e consolidou sua imagem de melhor jogador do mundo.

Foto de Pelé durante a Copa de 1970

Pelé foi o jogador mais jovem a representar o Brasil e vencer uma Copa do Mundo, em 1958, aos 17 anos [Reprodução/Wikimedia Commons]

Após a seleção brasileira perder a Copa do Mundo de 1974, a expressão “crise do futebol brasileiro” acompanhou o fim do “milagre” econômico nacional e começou a ser usada na mídia. A falta de autonomia dos clubes e a reorganização do futebol da Europa trazia comparações negativas ao Brasil. Desde então, um saudosismo geral surgiu entre os torcedores.

O nascimento de um ídolo e seus efeitos

Em entrevista exclusiva para o Arquibancada, Marcelo Becker, jornalista do Meu Timão, relembrou que os primeiros ídolos que viu jogar foram o Craque Neto e Ronaldo Fenômeno, que marcaram os torcedores corintianos nascidos nas décadas de 1990 e 2000. Becker destacou algumas das características de um ídolo: longevidade, qualidade técnica, conquistas, empatia, identificação e representatividade – que a depender da personalidade de cada clube pode ter pesos diferentes.

“Se existe um grande clube é porque na sua história tiveram grandes personagens que fizeram ela”

Marcelo Becker

Registro de Sócrates, ídolo do Corinthians, comemorando erguendo seu punho cerrado

“O torcedor precisa de alguém para amar e personificar o clube dele”, afirma Marcelo Becker [Reprodução/Instagram: @rai10oficial]

A definição de ídolo é ligeiramente diferente para o meia atacante aposentado, Ailton Lira, que somou passagens por grandes times como Santos e São Paulo. Ele afirmou ao Arquibancada que “[ídolo] é  aquele jogador que, além de ter um [bom] desempenho dentro do campo, é admirado pelos atletas das categorias de baixo, pelos companheiros e pelos torcedores. Ele faz o papel de fora do campo, de orientar, de ser um bom exemplo”.

O ex-atleta, que hoje é professor de futebol da Escolinha Camisa Dez em Araras, ressaltou a influência que um jogador de futebol pode ter em uma criança. “Eu vejo o Neymar como o melhor jogador do futebol brasileiro, está entre os melhores do mundo, mas fora do campo, a imagem dele não é boa para os garotos que estão iniciando”, afirma. Ailton complementou citando que, quando o profissional vivia seu auge no Barcelona, as crianças imitavam seus cortes de cabelo e forma de se vestir, mas hoje está envolvido em muitas polêmicas.

Já entre as referências positivas, Ailton citou Pelé, o maior jogador tanto na seleção quanto no futebol brasileiro, que apesar de estar em outros clubes, visitava o centro de treinamento do Santos esporadicamente. “Um verdadeiro ídolo, porque tratava todo mundo bem, mesmo os atletas que chegavam sem tanta expressão”, destacou e reforçou a humildade de Pelé, que também era muito solícito aos fãs.

Foto de Ailton Lira e Pelé juntos antes de se enfrentarem

Em 1977, Ailton Lira participou do jogo de despedida de Pelé no Giants Stadium em Nova York [Reprodução/Instagram: @ailtonliraoficial]

Para a Seleção, Marcelo Becker pontuou a diferença na formação de um ídolo: “A seleção brasileira, por ser a mais vitoriosa, tudo que não seja ganhar a Copa do Mundo é um fracasso. É difícil estabelecer ídolo desse jeito”. O jornalista menciona o caso de Ronaldo Fenômeno em 1998, ocasião em que o Brasil perdeu a competição e o atleta foi visto como alguém que se acovardou, mas virou ídolo quando ganhou em 2002. Para ele, se Ronaldo não tivesse conquistado o pentacampeonato,  sua imagem com a Amarelinha não teria o mesmo impacto.

A presença de um ídolo também motiva a nova geração de jogadores. O goleiro reserva do Criciúma, vindo das categorias de base, Kauã Moroso, disse ao Arquibancada que sua inspiração é o goleiro italiano Gianluigi Buffon. Além dele, mencionou o atleta Éder Citadin, que finalizou a carreira no clube catarinense e é considerado um ídolo também: “Ele sempre dava dicas aos mais jovens da base, procurei aprender muito no dia a dia. Hoje me espelho muito na carreira que teve, pela pessoa que é”.

Elenco do Criciúma entrando em campo acompanhado de crianças

Kauã estreou no profissional em 2025 e foi titular em dois jogos no Campeonato Catarinense [Celso da Luz/Assessoria de imprensa C.E.C]

A base torna o futebol mais brasileiro

Para Ailton Lira, a formação de ídolos brasileiros passou por mudanças, sobretudo, pelas transformações ocorridas no futebol após a Lei Pelé. Instaurada em 1998, ela busca a regulamentação dos desportos nacionais ao estabelecer, por exemplo, novas normas de contrato, direitos dos atletas, gestão de clubes e transferências dos jogadores.

Imagem de Jean-Marc BosmanEx-jogador de futebol belga e personalidade que dá nome à lei

A lei foi criada após o escândalo do “Caso Bosman”, quando o jogador belga foi obrigado a continuar no clube mesmo com uma enorme redução salarial [Reprodução/WikiMedia Commons]

Entre os principais efeitos, o mais significativo foi o fim do “passe” que determinava a continuidade da relação de um atleta com o clube, mesmo após o fim contratual. O jogador era visto como uma mercadoria exclusiva ao time até que os dirigentes escolhessem vendê-lo mediante a um “passe”. Esse vínculo foi substituído por indenizações, compensatórias e cláusulas especiais estabelecidas entre a instituição e o profissional que só podem ser cobradas se o contrato estiver válido.

O ex-jogador do Santos afirma que a norma ajudou na valorização dos jogadores que foram transferidos para times maiores. Porém, também aumentou as dificuldades que clubes menores possuem em se manter e facilitou a saída de jogadores da base para fora do país. Lira ainda exemplificou que times conhecidos por formar bons jogadores no passado hoje não possuem a mesma relevância, como a Ponte Preta de Campinas, que devido a pouca permanência dos atletas nas categorias de base, passou a formar menos ídolos.

“O tempo que o jogador passa na base é o que vai dar o sustento para criar uma raiz com um clube e com o torcedor”

Ailton Lira

Já no caso da Amarelinha, Lira expôs não apenas a sua falta de entusiasmo em acompanhar os jogos, mas do público em sua maioria, pela falta de vínculo com os atletas. “A seleção brasileira convoca jogador que a maioria do povo brasileiro não conhece, não chegou a jogar no Brasil, saiu daqui com 16, 17 anos e foi para a Europa. Pode até ser um bom jogador lá, mas o brasileiro não conhece”, afirma.

Gráficos de "pizza" demonstrando a porcentagem de jogadores convocados à Seleção que atuavam na liga do Brasil ou exterior, em diferentes períodos

No período em que a Seleção de 1970, tida como a melhor da história, foi convocada, apenas 22 jogadores eram chamados, porém posteriormente o número foi aumentado para 23 [Autoral/Aline Noronha]

O goleiro Kauã Moroso também destacou que a importância da base não está apenas em guiar o atleta nos gramados, mas também fora de campo, em ensinar a lidar com a repercussão e visibilidade que a profissão acarreta na vida deles. “A base é muito importante para você amadurecer profissionalmente e como ser humano”, pontua. Além disso, expressou que é um lugar de aprendizado, em que cada categoria compartilha dicas e experiências entre si.

O futebol pós internet: entre críticas e críticas

A popularização das redes sociais transformou a relação entre os jogadores, imprensa e  torcedores. Os ataques cada vez mais repetitivos e diretos podem afetar a permanência de um atleta em um clube pela questão psicológica. Marcelo destaca que os torcedores vivem de resultado e exigem cada vez mais dos atletas: “O cara sabe que, com a velocidade das coisas, ele tem que dar certo sempre. Se em alguma ocasião, ele falhar, já vai ser muito massacrado”.

O jornalista usou como exemplo o caso polêmico da saída de Róger Guedes do Corinthians, em meio a semifinal da Copa do Brasil de 2023, contra o São Paulo. Ao invés de permanecer no clube e ter se consagrado como ídolo, Guedes escolheu ir ao Catar, porque se errasse no jogo da volta, a sua boa imagem construída no clube poderia ruir rapidamente. Além da possibilidade de receber ameaças contra a sua vida e a dos seus familiares, por parte da torcida. 

Compilação de capturas de tela com criticas a Yuri Alberto, atacante do Corinthians

Marcelo usou de exemplo o caso de Yuri Alberto que, após a má-fase durante parte de 2024 e as intensas críticas, pensou em sair do clube, caso recebesse uma boa proposta [Reprodução/Instagram: @yurialberto]

Ailton Lira destacou que o atleta precisa ter uma boa estrutura psicológica e o apoio da família nesses momentos de críticas, porque da mesma maneira que elas incentivam, também derrubam uma pessoa. “A crítica maldosa vai minando, influenciando a torcida e a direção do clube.”, destacou. O ex-atleta também relembrou o caso de Rivellino, ídolo do Corinthians, que após a pressão sofrida pela perda de um título, foi negociado para o Fluminense. 

Entre as posições que mais recebem julgamentos, o goleiro possui destaque. “Você tem que estar todo momento concentrado. Às vezes, você está em uma posição diferente ali e comete um erro que ninguém mais pode compensar”, disse Kauã. Para ele, deve haver uma distância saudável entre a torcida e os jogadores, porque, somado à pressão que os torcedores fazem, existe a que o atleta faz em si mesmo.

Para lidar com esses desafios, o goleiro do Criciúma relatou que uma psicóloga realiza encontros semanais com o elenco para orientar como gerir as emoções em campo. “No futebol, se você errou, tem que se concentrar para o próximo lance. Se ficar pensando no que errou, vai acabar gerando mais erros”, afirma.  O atleta ainda complementou que, quando necessário, a psicóloga chama alguns jogadores pontualmente para conversarem sozinhos.

Elenco do Criciúma reunida na imagem

O goleiro chegou no profissional com sete títulos entre as competições regionais e as de categoria de base conquistados entre 2022 e 2024 [Celso da Luz/Assessoria de imprensa C.E.C]

Já as discussões sobre um jogador deixar de ser ídolo de um clube, após atitudes ou falas polêmicas, reflete a ingratidão da torcida, de acordo com Marcelo. Um exemplo marcante foi a saída de Cássio do Corinthians para o Cruzeiro no ano passado: “Ele foi uma vítima do nível de goleiro que era e também de uma relação desgastada de 12 anos no mesmo lugar”, expressou o jornalista. 

“No Brasil, além de querer escrever o futuro, as pessoas querem escrever o passado, mas a história já foi escrita e não se apaga”

Marcelo Becker

Becker ponderou que a internet deu voz para que relativizações de ídolos ganhassem maior repercussão no espaço público por causa do imediatismo de opiniões. O jornalista acredita que o reconhecimento de um ídolo é, antes de tudo, um processo individual que depende da representatividade de atitudes que o torcedor vê em si no jogador.

A exportação de talentos: ‘made in Brazil

Em entrevista para o Estadão em 1994, Dunga, o capitão do tetracampeonato brasileiro, afirmou sobre a evasão dos talentos nacionais para o exterior: “Daqui a pouco, os clubes europeus vão comprar jogadores na barriga da mãe”. Apesar dessa região apresentar propostas irrecusáveis para os atletas, não é a única: o Oriente Médio também não dispensa esforços financeiros para contratar os profissionais brasileiros.

Para Marcelo Becker, a agitação atual do mercado da bola causada pelos times árabes pode ser comparada com o movimento da China entre a temporada de 2015 e 2016, em que boa parte dos jogadores titulares dos principais elencos da América do Sul e da Europa foram comprados. O jornalista acrescentou que trocar de clube por razões monetárias não é motivo de vergonha para um jogador. Como um profissional, o atleta naturalmente pensa em ter reservas monetárias para viver bem quando se aposentar e ainda garantir o sustento de sua família.

Imagem da campanha do anúncio do Gabigol no Cruzeiro

No atual futebol nacional, Gabriel Barbosa é o jogador brasileiro mais bem remunerado com um salário de R$ 2,4 milhões, 50% a mais do que recebia no Flamengo em 2024 [Reprodução/Instagram: @gabigol]

“A gente cobra que tenham amor à camisa e ao mesmo tempo que sejam frios e profissionais na hora da decisão de um grande jogo. O emocional não pode estar muito desequilibrado porque tem que ser profissional e [o jogador] é bem pago para isso. O torcedor usa esse discurso quando é favorável para ele”, comenta Becker. Além disso, ainda reafirmou a contradição entre profissionalismo em campo e o emocional para negar uma proposta milionária em outro país ou clube.

Nesse sentido, Kauã destaca que o tempo de carreira de um jogador de futebol tem um diferencial: em geral, ao completar 40 anos o atleta se aposenta, e é necessário garantir uma base financeira para que a estabilidade continue nessa área na vida do jogador. “Tem que ter profissionalismo quando está dentro de um clube, tem que representar bem a camisa e a instituição, mas quando surgem propostas também tem que olhar o lado do atleta”, pondera o goleiro.

Em 1980, Ailton Lira começou a atuar no clube da Arábia Saudita Al-Nassr, onde atualmente Cristiano Ronaldo tem feito história. Mas quando o brasileiro chegou a realidade era diferente. “Minha experiência no Al-Nassr foi no início da popularização do futebol na Arábia Saudita. Foi o Rivelino primeiro, depois foram vários brasileiros, eu fui e tinha bons jogadores”, afirma. 

Tabela comparando salários oferecidos a Bento Matheus, Roger Guedes e Vitinho antes e depois de suas transferências ao exterior

Os valores referem-se a cotação do real de 2024, no intuito de mostrar o quão irrecusáveis e superiores são para os profissionais as propostas do Oriente Médio em relação aos clubes brasileiros. Imagens dos jogadores: [Reprodução/Instagram: @bento_matheus, @rogerguedes23 e @vittinho] | Tabela:[Autoral/Aline Noronha]

Entre os casos apresentados acima, o do goleiro Bento tem um diferencial. Quando ele saiu do Brasil em direção ao Oriente Médio, já jogava na seleção brasileira e era tido como uma promessa ainda maior do que Alisson foi. Além disso, a instituição em que estava não tem uma média salarial elevada e a sua posição geralmente não apresenta o maior destaque de remuneração. Por essas razões o aumento percentual é tão elevado.

Becker destaca que a ida para o Oriente Médio prejudica a convocação dos atletas para a seleção na medida em que perde-se o comparativo do nível técnico: “Como saber se o cara que faz dez gols no Catar está jogando bem ou fez dez gols porque a liga é fraca?” questiona. Para ele, ao aceitar essa proposta, o jogador tem ciência das opções e de que não será convocado para jogar com a Amarelinha.

Sobre a dinâmica no futebol brasileiro, o jornalista do Meu Timão pontua que essas transferências abrem espaços para contratar mais estrangeiros, especialmente os naturais da América do Sul, porque o Brasil consegue pagar salários mais altos em relação aos seus países de origem, como Argentina e Uruguai. Marcelo diz que, devido a maior aceitação da torcida, os clubes optam por essa estratégia e sobra pouco espaço para usar os jogadores da base.

Passado de ouro e futuro de…?

Apesar do saudosismo geral em relação aos anos de ouro do futebol, Kauã Moroso acredita que atualmente existem muitos jogadores brasileiros em atividade que serão considerados ídolos ao pendurar as chuteiras. Já para Becker, os novos ídolos do futebol serão formados a partir de três conquistas: uma Champions League, uma Copa do Mundo e uma Bola de Ouro

Imagem de Neymar em campo pela Seleção Brasileira na Copa de 2018

Marcelo afirmou que o maior jogador pós-Ronaldo foi o Neymar, mas este é tido por muitos como fracassado por não ter ganhado uma Copa e a Bola de Ouro [Reprodução/WikiMedia Commons]

O deslumbre do futuro para Ailton Lira é um pouco diferente. O ex-jogador atuou ao lado do irmão do técnico da seleção atual, Dorival Júnior, na Portuguesa Santista e ao rever o companheiro, pediu para que desse o seguinte recado a Dorival: “Fala para ele tentar ganhar de novo os torcedores brasileiros para a Seleção. Se continuar na mesmice que vem sendo, convocar os mesmos jogadores não vai fazer diferença”, alerta. Também reforçou que, para recuperar o vínculo com a torcida, é necessário convocar atletas que estão tendo bom desempenho no Brasil.

“A minha esperança é que o futebol brasileiro possa voltar a dar alegria ao povo apaixonado por futebol e que precisa voltar a vibrar com a seleção brasileira”

Ailton Lira

Para isso, os meninos da base se apresentam como uma forte expectativa para o futebol. De acordo Kauã Moroso, novos nomes como Endrick e Estevão podem ajudar o Brasil a conquistar novos títulos internacionais. Além disso, atletas do sub-20 poderão auxiliar nessas conquistas, já que a categoria é muito competitiva e tem tido destaques tanto na Seleção quanto no futebol nacional. Ele exemplificou com a base do Criciúma, que no ano passado chegou na final de todas as categorias de base e tem conquistado cada vez mais troféus nos campeonatos catarinenses.

Foto de capa: [Reprodução: Wikimedia Commons]

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