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#FreeBritney: da queda à luta pela autonomia de Britney Spears

O movimento pelo fim da tutela da cantora trouxe novas perspectivas sobre como a imprensa e sua família contribuíram para a degradação de sua saúde mental

Há 20 anos, a cantora Britney Spears alçava a mais um patamar da fama ao estrelar o filme Crossroads – Amigas para Sempre (2002). A produção, escrita por Shonda Rhimes, narra a história de três adolescentes que viajam pelos Estados Unidos em um processo que não só fortalece os laços de amizades entre o trio, mas também aproxima as jovens do autoconhecimento. Britney interpreta Lucy, uma garota tímida que precisa cruzar milhares de quilômetros para finalmente escapar ao controle exercido por seu pai e seguir os próprios sonhos. O aniversário da produção faz pensar na Britney de 2022, apenas alguns meses após o fim de sua curatela, encerrada em 12 de novembro do ano anterior.   

Depois de 13 anos sendo privada de tomar decisões sobre sua carreira e vida pessoal, o Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, nos Estados Unidos, considerou desnecessário o controle legal exercido pelo pai, James Spears, sobre a artista. A audiência sediada pela juíza Brenda Penny foi acompanhada pela mídia, e fãs que se reuniam ao lado de fora do tribunal comemoraram o decreto ao som da música Stronger. “Eu acho que vou chorar pelo resto do dia. Melhor dia de todos…”, celebrou a artista em seu Twitter.

Desde 2008, o patrimônio e as decisões sobre a pessoa de Britney estiveram nas mãos de seu pai. O controle, que foi concedido após turbulências que afetaram a saúde mental da cantora, passou a se estender por período indeterminado e, aos poucos, surgiram denúncias sobre abusos cometidos por Jamie. Em 2019, fãs organizaram o movimento #FreeBritney, cujos objetivos eram expor problemas da curatela e liberar a vocalista de uma situação envolta em polêmicas financeiras e de negligência.

 

A ascendência de Britney para a realeza pop

Britney Spears se consagrou como uma das principais influências do ramo musical. Desde sua estreia, em setembro de 1998, a vocalista do single …Baby One More Time agradou a indústria fonográfica e trouxe consigo um novo estilo pelo qual o mercado internacional se pautaria. Em um período marcado pela popularização de grupos como Backstreet Boys, ‘N Sync e TLC, o sucesso imediato de Spears, com apenas 16 anos na época, marcaria uma nova trajetória para o pop feminino.

 

O álbum …Baby One More Time (1999) já vendeu 30 milhões de cópias no mundo inteiro. [Imagem: Reprodução/Jive Records]

Representado por Madonna e Cher, o gênero enfrentava dificuldades para emplacar novas artistas solos, ofuscadas pelo barulho do R&B nas Américas. No entanto, Britney, que obteve a quinta canção mais vendida no mundo em 1999, encorajou grandes gravadoras a investirem no desenvolvimento de um mercado amplo para o pop teen — o que também acarretou a criação de rivalidades entre jovens artistas pela mídia e por empresários do meio.

Christina Aguilera, que trabalhou com Spears no programa Mickey Mouse Club (1989-1994), teve seu primeiro projeto musical lançado em junho de 1998, com Reflection. A canção, que fazia parte da trilha sonora do filme Mulan (1998), chamou a atenção de executivos da RCA Records e um plano que projetava Aguilera como um dos próximos nomes do R&B passou a ser desenvolvido. Mas, com o fenômeno causado por …Baby One More Time, o planejamento foi reescrito para encaixá-la dentro de moldes semelhantes a Spears. “Tudo estava sob o controle da gravadora e o que eles decidiam sobre o que seria o pacote perfeito para acontecer na cena pop”, declarou Christina para o documentário VH1 Behind the Music (2008).

 

Fotografia de Britney Spears ao lado de Christina Aguilera. As duas mulheres são loiras, de cabelos longos e vestem vestido de cor preta.
Mesmo após rumores, tanto Britney quanto Christina já negaram possível desafeto entre ambas. [Imagem: Reprodução/MTV]

O caminho guiado pelo álbum de estreia de Britney e consolidado por seu sucessor, Oops!… I Did It Again (2000), que manteve o recorde feminino de álbum mais vendido em sua primeira semana por 15 anos, reinventou a face do pop e criou uma tendência seguida por diversos cantores teens da geração 2000, como Jessica Simpson, Mandy Moore e, no Brasil, Kelly Key. Inegavelmente, os holofotes estavam todos voltados para Spears.

 

O amadurecimento de Britney e o início de sua queda

O forte apelo a uma imagem santificada de Spears era uma estratégia já adotada pela mídia internacional. A cantora, que engatou um relacionamento com Justin Timberlake, ex-membro do grupo ‘N Sync, em 1998, era constantemente abordada com perguntas que invadiam sua vida sexual e amorosa. 

 

Fotografia de Britney Spears ao lado do cantor Justin Timberlake. Os dois são pessoas brancas e vestem jeans.
A cantora e Justin Timberlake, seu namorado à época, no tapete vermelho do MTV Video Music Awards 2001. [Imagem: Twitter/@luquinha]

A privacidade de Britney teve de ser reduzida a uma inocência que pudesse agradar os gostos da parcela conservadora da população americana. A tradicionalidade cristã foi abraçada pela equipe da artista, que era submetida a uma série de restrições comportamentais em sua vida de jovem adulta.

Contudo, o álbum Britney (2001) foi o primeiro passo para que a cantora se desvinculasse do estigma criado em torno de sua carreira. Com I’m a Slave 4 U dando início à era, o single rendeu uma das performances mais comentadas na história da premiação MTV Video Music Awards. A imagem de Britney cantando entrelaçada por uma cobra foi eternizada e, até hoje, é uma referência para a cultura pop. “Eu sei que posso ser jovem, mas também tenho sentimentos / E eu preciso fazer o que sinto vontade / Então, me deixe ir e apenas ouça”, diz a vocalista no início da faixa.

 

Fotografia de Britney Spears com uma serpente em volta dos ombros. Britney é uma mulher branca e loira e veste um top em cor verde. A serpente é branca e amarela.
A apresentação da cantora no MTV Video Music Awards de 2001 fortaleceu a imagem de Spears como performer. [Imagem: Reprodução/MTV]

Foi questão de tempo para que o enaltecimento a Britney se transformasse em uma perseguição midiática que colocaria em dúvida o seu caráter. Já criticada pela repentina sexualização de seu trabalho, a vilanização de Spears iniciou-se no fim de 2002, quando Timberlake lançou o single Cry Me a River. A música e seu videoclipe relatam o fim de um relacionamento cujo término se deu por uma traição. Britney e Justin, que tinham acabado de anunciar a separação, receberam intensos holofotes que acusavam a artista de infidelidade. 

Embora o rumor tenha sido desmentido por Spears, o cantor só chegou a fazer declarações públicas sobre o ocorrido em fevereiro de 2021. Acusado de manipular o acontecimento para ganhar a simpatia do público, ele publicou em seu Instagram: “Lamento profundamente os momentos da minha vida em que minhas ações contribuíram para o problema, quando monopolizei a palavra ou não defendi o que era certo.”

 

A batalha contra a imprensa

A exposição midiática de uma celebridade contribui para a criação de expectativas. O artista precisa lidar com a pressão de ter que seguir certos parâmetros para que o público continue consumindo seus projetos, e é natural que fãs e leitores tenham interesse em conhecer o cotidiano daqueles que lidam com a fama

Em busca da venda massiva de seus produtos, tablóides e portais concentraram seu foco na possível decadência de Britney Spears. “O entendimento jurídico é de que pessoas que são famosas consentem em ter sua privacidade limitada, tudo tem um ônus e um bônus”, afirma Eduardo Tomasevícius, professor de direito civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista ao Sala33.

À medida que Spears amadurecia seu trabalho, sua imagem era radicalizada pela imprensa. No mesmo ano em que lançou In the Zone (2003), álbum que rendeu o hit Toxic, e performou Like a Virgin ao lado de Madonna e Christina Aguilera no MTV Video Music Awards, Britney também passou por um processo de ruptura. Dois meses depois de ter se separado de Timberlake, a cantora precisou lidar com o divórcio de seus pais. 

 

Fotografia de Britney Spears beijando a cantora Madonna nos lábios. As duas mulheres são brancas e loiras. Britney veste vestido branco e Madonna veste vestido preto.
Madonna é uma das artistas que apoiaram publicamente o movimento #FreeBritney. [Imagem: Reprodução/MTV]

No momento em que, psicologicamente, pausar sua carreira parecia ser o ideal, o show teve que continuar. Em um desabafo para o documentário Britney: For the Record (2008), a artista afirmou que o único modo de aguentar essa pressão foi “cair na noite”. Inclusive, foi assim que conheceu Paris Hilton, companheira de inúmeras festas e cliques de paparazzis.

Todos possuíam uma opinião sobre a estrela, e o pedestal em que havia sido colocada aos 16 anos, de repente, foi destruído. Em 2003, casou-se em Vegas com um amigo de infância — e se divorciou 55 horas depois. No ano seguinte, se tornou noiva de Kevin Federline, dançarino de Justin Timberlake que à época terminou o relacionamento com a namorada, que estava grávida. A então chamada “destruidora de lares”, em 2005, decidiu lançar Chaotic, reality show que retratava sua vida de casada. 

Também em 2005, nasceu, em 14 de setembro, Sean Preston, seu primeiro filho. A experiência da maternidade foi entrelaçada a momentos traumáticos derivados da relação conturbada com veículos de comunicação.

“A Britney sempre foi muito simples e frágil, e os paparazzis abusavam de todas as formas possíveis”, afirma Gabriel Mahalem, publicitário e criador de conteúdo de entretenimento pop. Um episódio citável é de quando, em 2006, Spears e Sean foram cercados por uma grande massa de fotógrafos. Em meio ao assédio, a performer acabou tropeçando, e as imagens foram utilizadas para acusá-la de tentar atirar o bebê ao chão. Assim, o estigma de “péssima mãe” foi criado e propagado pelos tablóides. “As pessoas não se dão o trabalho de pesquisar uma história inteira, a filthy press acabou com a vida dela”, complementa Mahalem.

 

Fotografia de Spears sentada em um sofá com um bebê no colo. Britney é uma mulher branca, loira, com blusa branca e lágrimas nos olhos.
Em uma das ocasiões em que foi encurralada por fotógrafos, Spears tentou se esconder em uma lanchonete. [Imagem: Reprodução/Brainpix]

A princesa do pop não foi pioneira nesse histórico de representação pela mídia. Desde Michael Jackson até
Lindsay Lohan, não faltam exemplos de coberturas negativas sobre celebridades. Em um universo misógino, a construção de títulos e trechos de publicações também contribuíram para incentivar ofensas contra personalidades públicas. 

O portal brasileiro Ego, por exemplo, já criou um compilado de imagens que reduziam Britney ao seu peso ou aos seus cuidados com o cabelo. Tais representações, direta ou indiretamente, estão associadas ao adoecimento mental  de várias estrelas, como Anna Nicole Smith, atriz e modelo cuja morte por overdose assombrava os pensamentos de Spears, de acordo com a Rolling Stone Brasil.

Com o divórcio de Kevin em 2007 e o início da disputa pela guarda legal de Sean e Jayden Federline, seu segundo filho, os problemas com álcool e drogas se intensificaram e a artista foi internada em uma clínica de reabilitação, no Caribe — de onde saiu um dia depois. 

Ao retornar para a Califórnia, o pedido para ver seus filhos foi ignorado e, então, Britney tomou uma decisão que imortalizou o dia 16 de fevereiro daquele ano. Dentro de 48 horas, dirigiu para um salão de beleza, raspou seu cabelo numa tentativa de clamar por sua independência e findou tal episódio atacando paparazzis com um guarda-chuva. Essas imagens são veiculadas na internet até os dias atuais e, em um momento que refletia cansaço mental, Britney foi ridicularizada e feita de piada.

 

A curatela

Segundo o livro Through the Storm, escrito por Lynne Spears, mãe de Britney, em 04 de janeiro de 2008 a cantora estava com seus filhos em sua residência. Sam Lutfi, empresário da artista, diz a ela que os representantes de Kevin a permitiram passar mais tempo com Sean e Jayden. No entanto, quando os advogados de Federline chegaram para buscá-los no horário marcado, Britney se recusa a entregá-los e se tranca no banheiro de sua casa com seu filho mais novo. 

Dentro de três horas, paparazzis, carros de polícia, uma ambulância e seis helicópteros se dirigem à casa da performer. Quando decide ceder, policiais encontram Britney agachada no chão com Jayden no colo. A artista é colocada em uma maca e direcionada ao hospital, onde fica internada por 72 horas. A situação é a chave de virada para que, menos de um mês depois, Jamie Spears conseguisse a curatela e um pedido de restrição contra Lutfi.

 

Fotografia de Britney Spears jovem ao lado do pai, Jamie. Ambos olham para a câmera. Jamie é branco, tem cabelo castanho, olhos claros e veste um casaco marrom. Britney é uma mulher branca, loira, de cabelos à altura do ombro e veste uma blusa clara.
Britney ao lado de seu pai, Jamie, em 2006. [Imagem: Reprodução/Getty Images]

“A curatela é imposta para uma pessoa que perdeu um tipo de discernimento, algum tipo de faculdade individual, por questões mentais, físicas ou vício em tóxicos”, explica Isabella Juncal, estudante de direito, em entrevista ao Sala33. Embora tenham pontos de partida semelhantes, a regulamentação brasileira difere da norte-americana. Nos Estados Unidos, geralmente ambas as partes financeiras e individuais do curatelado são gerenciadas. Já no Brasil, o juiz analisa cada caso para que limites sejam colocados no processo. Logo, nem todos os segmentos da vida do indivíduo serão controlados. “Pessoas curateladas, aqui no Brasil, normalmente são idosas, então, é mais por uma questão de administração patrimonial, quando não se consegue ir ao banco ou se está acamada.”

Por mais que a legislação de vários países tenha se modificado ao longo do tempo para a defesa da autonomia de curatelados, especialmente após a popularização do movimento antimanicomial, baseado nas ideias do médico italiano Franco Basaglia nos anos 1960, muitas das decisões nos Estados Unidos não acompanharam tais transformações. Desde 2008, Jamie é responsável por decidir quem pode visitar Britney, assinar contratos, monitorar sua casa e seus cartões de crédito. 

De início temporária, a origem da curatela divide opinião de fãs. Por um lado, Mahalem acredita que foi necessária para retirar certas pessoas que pareciam trazer prejuízos à vida da estrela, tais como Sam Lutfi. Por outro lado, Diego, administrador do fã-clube Você Sabianey?, que acumula mais de nove mil seguidores no Twitter, opina: “Britney precisava de férias e de que ninguém tivesse acesso ao dinheiro dela.”

Em 12 anos no regime de controle jurídico, a princesa do pop gravou quatro álbuns de estúdio, realizou duas turnês mundiais, foi jurada da versão estadunidense do reality-show The X Factor e lançou a Britney: Piece Of Me, concerto de residência em Las Vegas, onde performou entre 2013 e 2017.

 

#FreeBritney e o caminho para a liberdade

Rumores dos abusos sofridos por Spears dentro da curatela tiveram seu início em 2018. Semanas após a divulgação da Domination, segunda residência da cantora em Vegas, Britney anunciou que faria uma pausa em sua carreira para focar em assuntos pessoais. Um ano depois, foi revelado que a estrela havia sido internada em uma clínica de reabilitação para descansar. Foi assim que o podcast Britney’s Gram divulgou uma mensagem de voz de um ex-membro da equipe jurídica da cantora alegando que, depois de se recusar a tomar os remédios impostos por seu pai, a mesma estava involuntariamente presa em casa desde janeiro. 

 

Fotografia de um grupo de pessoas segurando cartazes com pedidos pelo fim da curatela de Britney Spears.
O movimento #FreeBritney acumulou seguidores ao redor do mundo e inspirou passeatas a favor da cantora. [Imagem: Twitter/@jakeyoncetv]

“A gente pensa que, como ela nunca tinha falado nada, não achávamos que era algo tão ruim”, comenta Diego. Com o lançamento do episódio do podcast, iniciou-se o movimento #FreeBritney, que reuniu fãs e artistas em todo o mundo para denunciar as atitudes de Jamie e defender a liberdade da estrela. A partir daí, uma série de audiências foram realizadas para discutir o futuro da curatela.

Demonstrando um claro desejo de finalizar o regime, Britney recorreu à justiça inúmeras vezes. Em novembro de 2020, mesmo com a cantora tendo acusado o pai de ter desviado US$1,5 milhão de seu patrimônio, o juiz do caso se recusou a destituir Jamie. “Me fez sentir como uma pessoa morta. Como se não importasse nada do que tinham feito comigo, como se eu estivesse mentindo sobre tudo”, disse ela sobre a decisão.

A popularização do #FreeBritney no Brasil se deu pela 21a edição do reality-show Big Brother. Gilberto Nogueira e Caio Afiune, dois dos participantes, demonstravam frequente indignação sobre a situação vivida pela artista. Porém, o estopim para que a imprensa internacional começasse a abordar o assunto foi o lançamento do documentário Framing Britney Spears (2021). 

Produzido pelo The New York Times, o projeto investiga a situação e reúne falas de pessoas próximas a Britney e advogados. Além disso, revela uma série de documentos envolvidos no processo, incluindo uma avaliação médica que diagnostica Spears com demência. “É realmente uma incoerência, porque as pessoas trabalham e não têm direito a autonomia. Como alguém que é artista [em plena atividade profissional] não tem a capacidade de gerir sua própria vida?”, indaga Eduardo.

Em depoimento realizado em 23 de junho de 2021, Britney, pela primeira vez, falou sobre a curatela em uma audiência virtual com a juíza Brenda Penny. Em seu testemunho, a cantora afirmou que, entre os abusos de Jamie, estão ameaças de processo, prescrição desnecessária de medicamentos fortes, como lítio, e a proibição de se casar. “Eu tenho um DIU dentro de mim para não engravidar. Eu quero tirar esse DIU para tentar ter outro filho. Mas esse ‘time’ não me deixa ir ao médico para fazer a retirada porque eles não querem que eu tenha mais filhos”, relatou. O depoimento completo está disponível em  vídeo na plataforma YouTube.

Acima de tudo, torna-se também um debate sobre violação ao corpo de Britney, desde o início de sua carreira. Agora livre, não se sabe se a estrela retornará tão cedo aos palcos. Mas, conforme revelado em seu perfil do Instagram, a cantora está disposta a utilizar sua história como meio de conscientização e revolução do sistema de curatela. 

Alçada à fama em um período no qual a discussão sobre saúde mental ainda não era tão presente na sociedade, seus relatos sugerem que, após 23 anos de carreira, Spears é finalmente dona de sua própria narrativa.

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