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O que toca na Sala33: Romance

Imagem: Guilherme Roque / Comunicação Visual – Jornalismo Júnior Depois dos momentos intensos da última playlist, essa vem para acalmar os corações apaixonados e te fazer sonhar com aqueles momentos especiais. Platônico ou não, o Sala33 fez essa seleção para te levar para as nuvens e pensar em quem, ultimamente, está te fazendo suspirar. Björk …

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Imagem: Guilherme Roque / Comunicação Visual – Jornalismo Júnior

Depois dos momentos intensos da última playlist, essa vem para acalmar os corações apaixonados e te fazer sonhar com aqueles momentos especiais. Platônico ou não, o Sala33 fez essa seleção para te levar para as nuvens e pensar em quem, ultimamente, está te fazendo suspirar.

Björk – Pagan Poetry (Pedro Teixeira)

Para escrever sobre romance o ideal é estar apaixonado. À vista disso, começo indicando essa obra de arte do meu amor platônico (pena estarmos separados por um oceano). O som de início parece soturno, mas à medida que Bjork fala como o encaixe do enamorado parece perfeito a melodia ganha arranjos doces, a cadência se dá no ritmo de um coração a bater e a afinada voz da cantora islandesa recita versos de encanto. Ao fim só sobra o afeto franco.

Alceu Valença – Molhado de Suor (Pedro Teixeira)

Quando o chamego vai se consolidando, o sentimento começa a assumir uma cara de nostalgia. Os pequenos detalhes do outro, as experiências mais corriqueiras ficam em nossa mente em um processo de reafirmação do arrebatamento. Entretanto, quando os olhos se juntam o ritmo acelera, ganha um toque de elétrico. As ânsias tomam conta, o xodó torna-se projeção de suas vontades mais fundamentais.

Laura Stevenson – The Move (Pedro Teixeira)

Laura Stevenson acompanhada de um violão bem melódico prosa sobre o deslumbramento com o cotidiano que só o romance proporciona. Os cuidados com o crush aparecem, para além da intensidade, os momentos são de ternura. E a reciprocidade é puramente natural, confia-se ao ponto de esperar.

Luziluzia – Cosmic Melodrama (Pedro Teixeira)

De qualquer maneira, o amor vem acompanhado de um tanto de dúvidas e confusões. A cabeça inquieta sempre busca modos de melhorar o que já passou, arrepende-se do que não foi feito. Embora agitados com as praias e cachoeiras que poderiam ser visitadas, as músicas não divididas, o domingo no parque que não foi, o xodó tem um caráter inerentemente cósmico. Assim se desenvolve a canção do Luziluzia, que em seu refrão parece até uma conversa de dois apaixonados. Aliás, são sentimentos luziluzindo.

Bárbara Eugênia, Tatá Aeroplano e Chankas – Não tenho medo da chuva e não fico só (Pedro Teixeira)

Apesar das dúvidas, amar é coragem de se entregar. A partir da consciência de si sobre si surge a liberdade de não se ficar só. Surge, então, o dueto entre Bárbara e Tatá, discorrendo sobre uma série de delícias que se pode viver a dois. A instrumentação onírica confere o clima etéreo que um bom chamego oferece ao nosso estado de espírito. Fica-se com esse sonho de um dia a dia repleto de sensações a se debruçar.

Spiritualized – Ladies and Gentlemen We’re Floating in Space (Hugo Reis)

Nesta música, a banda britânica de space rock, Spiritualized, descortina o Universo diante de nossos sentidos para nos apresentar a uma realidade por vezes esquecida: estamos todos flutuando no espaço. A composição épica e cheia de camadas nos situa neste longínquo planeta, onde somos forçados a contrapor a infinidade cósmica à fragilidade dos laços afetivos. Resta a conclusão de que, por vezes, no meio da infinita solidão, enquanto giramos à 1600 quilômetros por hora ao redor de uma estrela, que é uma entre outras bilhões de estrelas, em uma galáxia, que é uma entre outras bilhões de galáxias, tudo que podemos desejar é estar ao lado da pessoa que mais amamos.

Sorry – Lies (Hugo Reis)

A intensidade do nosso amor nunca parece se traduzir na estabilidade de nossos relacionamentos. O sentimento que machuca  e atrai pode deixar qualquer um vagando perdido pelos dias, sem resolução. Essa música da banda britânica de rock alternativo, Sorry, pode parecer melancólica à primeira vista, mas em meio a toda dissonância e distorção, os vocais impactantes de Asha Lorenz deixam claro que o desejo de amar ainda terá seu dia de vitória diante das complicações da vida.

Kate Bush – Running Up That Hill (A Deal With God) (Hugo Reis)

Uma canção original de uma artista original. E se você e seu amor pudessem, de alguma forma, viver as experiências mais íntimas um do outro, para poderem se entender melhor? Aqui, Kate Bush apela a Deus e aos céus para que isso aconteça. Com vocais que parecem vir de outro mundo e instrumentação galopante, esta música é para aqueles dispostos a subir colinas, percorrer estradas e escalar prédios só para se aproximarem daqueles que amam.

The Front Bottoms – Flashlight (Hugo Reis)

Adrenalina, decepção, desencontros e declarações de amor. No seu estilo característico de variações de humor, gênero e assunto, os rapazes de Nova Jersey do Front Bottoms nos levam pela montanha russa de um romance que talvez não estivesse predestinado a ser — mas quem sabe? No meio dos ritmos frenéticos, passagens verborrágicas e uivos de  alegria e desespero, podemos nos encontrar divididos, mas com coragem suficiente para cantar com toda força os bons e os maus momentos.

Rick Astley – Never Gonna Give You Up (Hugo Reis)

Sim. Rick Astley. Never Gonna Give You Up. Todo mundo já ouviu essa música, mas até onde eu sei, ninguém gosta dela. Pois deveriam! Destinada a viver na infâmia como uma abstração da internet, com sua letra ingenuamente sincera, vinda direto do glorioso fim dos anos 80 — época dos casacos de trincheira —,  esta canção reina suprema como teste de seriedade da paixonite. Se você conseguir cantá-la olhando nos olhos do seu rolo, sem um pingo de embaraço, ou ironia, pode ir preparando a lista de convidados.

Bee Gees – How Deep Is Your Love (Lígia Castro)

Ela é feita de batidas lentas e vozes suaves. Tem um clima noturno, e desde os meus dias mais novos sinto-a como exemplo de música apaixonada e apaixonante. Para ouvi-la, é preciso olhos fechados, volume alto, e uma história pra sonhar conforme a música pede. Toda essa atmosfera foi construída pelos Bee Gees em 1977 e eles cantam sobre um amor que, apesar de muito real, ainda pede por confirmação.  

Glenn Miller – Moonlight Serenade (Lígia Castro)

Pelo som de uma orquestra cheia de clarinetes e saxofones, a música de Glenn Miller se desenrola devagar. É capaz de preencher qualquer sala. Preencheu a noite, e se fez serenata para muitos casais — desde 1939 até hoje. É música de ouvir sentindo, talvez dançando lento com algum amor.

Colyer – Lost in your love (Tamara Nassif)

Amor, para mim, é sobre se perder e se encontrar no outro. Mergulhar, sentir, tocar para além do tato, correr com o outro. Lost In Your Love é sobre isso. Um sentimento que transcende e faz tudo sair do eixo, mas que, ao mesmo tempo, age como a gravidade e coloca tudo em seu devido lugar.

 

Edward Sharpe & The Magnetic Zeros – Home (Tamara Nassif)

Estar em casa é estar nos braços de quem faz o nosso coração pular uma batida e, ainda assim, bater calmamente e em uníssono com o do outro. Com vocal duplo, Home traduz esse sentimento com uma delicadeza e veracidade difícil de encontrar em qualquer lugar — assim como o amor é.

Shawn Mendes – Never Be Alone (Mariah Lollato)

O nosso amor foi lindo. Foi cor de rosa da cor do céu quando o Sol se põe e algumas nuvens ficam para assistir. Cor de rosa algodão-doce. Me lembro da primeira vez em que nos beijamos. Eu não sabia ainda, mas seria para sempre importante. Era meu primeiro amor. Era a música do meu primeiro amor. Não poderia haver motivo mais simples.

Los Hermanos – Último Romance (Mariah Lollato)

Acho bonita a ideia de um encontro que demora a acontecer. É um sopro de calmaria. Um lembrete de que o tempo é seu próprio senhor e para certas coisas não há planos. Não há planos. O amor é também sorte. Acaso. Grande parte de sua beleza está aí. A música é sossego para a vontade de ser dono. Ele está no ar, nunca estará nas mãos.

Daniel Caesar – Get You (Léo Lopes)

Uma ode de gratidão à amada, onde pontua os momentos difíceis que passaram, ao mesmo tempo em que valoriza o vínculo criado e toda a força que um transmite ao outro. Como se de repente tomasse conta da importância de tudo que construíram, e quisesse registrar todos os meandros dessa relação afetuosa antes que virem apenas memórias. “Who could’ve thought I’d get you?”.

Cigarettes After Sex – Nothing’s Gonna Hurt You Baby (Léo Lopes)

Uma obra que é praticamente cochichada em seu ouvido. O amor como forma de remediar insegurança e ansiedade. Questão de transmitir a calmaria pela confiança. “As long as you’re with me you’ll be just fine.”

Zimbra – Então Você (Giovana Christ)

A banda de Santos é aquela que não te conquista de primeira, nem de segunda. Pra mim foi preciso insistir alguns dias até ela virar um vício. Essa música fala um pouco sobre como um relacionamento é cheio de sacrifícios bonitos que você faz pela pessoa. “Tô precisando mesmo é de sossego / Mas na verdade eu tenho tanto medo / Eu tenho medo de deixar você na mão”. O autor, Bola (vocalista da banda), disse que se inspirou na história de seus avós para escrever essa canção de amor.

Arctic Monkeys – I Wanna Be Yours (Giovana Christ)

Quem nunca desejou ser o aspirador de pó do @ para respirar a poeira dele/dela? Ou ser a cafeteira do crush que gosta do café quente? Normal. De um jeito bizarro, mas ainda romântico, a banda britânica faz uma declaração de amor do fundo do coração pra quem quer se entregar totalmente ao amor.

Por Equipe Sala33

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