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A consagração definitiva da dinastia: O Golden State Warriors é campeão da NBA

Equipe da Califórnia derrota o Boston Celtics com show de Stephen Curry, que recebe o troféu de MVP das Finais de forma unânime

COMEMORA DUBNATION! A equipe responsável pela última revolução na forma como se joga basquete é campeã da NBA outra vez – o 4º título em 8 anos. Mais que isso, com seu sétimo título, o Golden State Warriors se tornou de forma isolada a terceira equipe com mais títulos na história da NBA – ultrapassou o Chicago Bulls, com quem dividiu a posição desde 2018 –, e fica apenas atrás do Los Angeles Lakers e do próprio Celtics, grande rival na decisão. 

Quis o destino que na temporada em que a NBA comemora seus 75 anos, duas equipes que participaram de todas as edições da competição disputassem o título. Mas foi só o destino mesmo?

O Draft resolve!

Demonstrações da importância do draft para as equipes da NBA têm sido recorrentes nos últimos anos. O planejamento e a sabedoria para mesclar veteranos e jogadores jovens com boa margem de evolução é decisivo para o sucesso atual da NBA. Times como o Brooklyn Nets e o Los Angeles Lakers abriram mão de diversas escolhas de draft e de jovens jogadores e agora se tornam plenamente dependentes de veteranos que, ou não desempenham tão bem quanto no passado, ou não conseguem se manter saudáveis na maior parte da temporada. 

Sem planejamento e trabalho de lapidação com os jovens, o sucesso não vai chegar. O draft não traz esse resultado automático às franquias. Um exemplo é o fracassado “Trust the Process”do Philadelphia 76ers, que se sacrificou para ter boas escolhas de draft que, com exceção de Joel Embiid, não deram em absolutamente nada, e o time agora corre para recuperar o tempo perdido.

O primeiro título do Golden State Warriors, em 2015.
O trio Klay, Curry e Green no primeiro título em 2015. [Imagem: Reprodução/Twitter @nba]
As finais desta temporada são exemplos positivos do possível sucesso em selecionar bons jovens e trabalhar a evolução deles. A própria dinastia instaurada pelo Warriors diz tudo: Steph Curry foi a 7ª escolha no draft de 2009, Klay Thompson, a 11ª em 2011, e Draymond Green, a 35ª em 2012. Todos selecionados no draft e lapidados pela equipe, evoluindo a cada ano. 

Além deles, que agora já são veteranos, o Warriors contou com o brilho de outros jovens jogadores que cresceram nas mãos de Steve Kerr, como Andrew Wiggins e Jordan Poole, decisivos nas finais. A gestão do Celtics precisa ser reconhecida neste sentido também. A equipe que chegou à final, construída em volta de Jayson Tatum e Jaylen Brown, se formou a partir do momento em que Boston abriu mão de seus medalhões.. Em 2013, o Brooklyn Nets recebeu os campeões de 2008 – último título do Celtics – Paul Pierce e Kevin Garnett, além de Jason Terry e D.J White, e mandou para Boston três escolhas de primeiro round para drafts de anos futuros. A escolha de 2016 se tornou Jaylen Brown, enquanto a escolha de 2017 se tornou Jayson Tatum.

 

Jayson Tatum e Jaylen Brown, destaques dos Celtics na série contra o Golden State Warriors
A dupla Jay-Jay. [Imagem: Reprodução/Instagram @fchwpo]

A caminhada até os playoffs

A temporada regular do Warriors foi, para muitos, uma surpresa. Depois de dois péssimos anos em que o time conviveu com incontáveis lesões e desfalques dos seus principais atletas, o início foi animador. Mesmo ainda sem poder contar com Klay Thompson, que ficou fora das quadras por mais de dois anos devido a lesões,, a equipe armada por Steve Kerr começou a temporada muito bem e, apesar de oscilações, liderou a conferência oeste em várias ocasiões. 

Stephen Curry, do Golden State Warriors, ao lado de Reggie Miller e Ray Allen
Curry junto de Ray Allen e Reggie Miller, os antigos detendores de seu recorde. [Imagem: Reprodução/Instagram @stephencurry30]
Nomes como Andrew Wiggins, Jordan Poole, Gary Payton II e Otto Porter Jr. conseguiram assumir protagonismo em diversos momentos e deram tranquilidade para que o treinador pudesse dar uma boa rotação ao time. As lesões não foram embora de forma definitiva: Curry e Draymond Green foram desfalques para a franquia durante a temporada, mas o time passou de forma relativamente tranquila pelo oeste com a terceira melhor campanha da Conferência. Mesmo com a boa campanha a ser exaltada, os principais destaques da temporada foram, sem dúvidas, o retorno de Klay Thompson, e o recorde quebrado por Stephen Curry, que se tornou o jogador com maior número de cestas de três pontos na história da NBA.

Já o Celtics teve um caminho de maiores dificuldades até a pós-temporada, principalmente no início. O time de Boston chegou a estar na 11º colocação da Conferência Leste, com mais derrotas do que vitórias. De treinador novo, após Brad Stevens assumir o cargo de presidente de operações da franquia, a equipe demorou a encaixar, mas logo engatou uma sequência avassaladora. 

Desde o final de janeiro, o Boston Celtics, treinado pelo estreante Ime Udoka, evoluiu em todos os aspectos do jogo, se tornou o melhor time do campeonato e arrancou para a segunda colocação do leste. A equipe chegou ao fim da temporada regular com a melhor defesa da competição e com um ataque eficiente. A dupla “Jay-Jay”, parceria formada por Jaylen Brown e Jayson Tatum, decolou junto de Marcus Smart, eleito o DPOY (Defensive Player Of the Year), e de outras figuras fundamentais, como Al Horford e Robert Williams.

 

Marcus Smart contra o Golden State Warriors.
Marcus Smart foi um dos destaques defensivos de Boston nesta temporada. [Imagem: Reprodução/Twitter @smart_MS3]

O contraste entre as Conferências Leste e Oeste

Ao entrar nos playoffs, o Celtics teve de encarar o sétimo colocado da Conferência Leste: o Brooklyn Nets de Kevin Durant. Apesar da complexidade em defender as superestrela do Nets, Boston finalizou a série em uma surpreendente varrida, embora se esperasse sete acirrados jogos. Em seguida, o time de Massachusetts enfrentou uma física série contra o então campeão, Milwaukee Bucks. 

Na sequência, diante do considerado por muitos melhor jogador do mundo, Giannis Antetokounmpo, o Celtics colocou seus corpos na linha da cesta e aplicou uma sufocante ação defensiva para classificar-se em sete partidas. O cenário se repetiu contra o Miami Heat, a equipe de melhor campanha na Conferência Leste. Ao encarar um time de maior presença física defensiva e um ataque liderado por Jimmy Butler decisivo, o Celtics esteve a um arremesso de ser eliminado, mesmo ao demonstrar sua nítida superioridade no desenvolvimento ofensivo.

Ao contrário da histórica competitividade na Conferência Oeste, os playoffs desta temporada não exibiram qualquer resistência à dominância do Golden State Warriors. Com o decepcionante Lakers fora do play-in e o favorito Phoenix Suns eliminado no segundo round, os Dubs vaporizaram o desfalcado Nuggets do MVP Nikola Jokić para duelar contra o Grizzlies. As dúvidas desapareceram em seis jogos e o Warriors teve como adversário nas Finais de Conferência o limitado Dallas Mavericks. Cinco confrontos foram o suficiente para enviar GSW para as Finais. 

Sobre a tradição de duas das franquias originais da NBA estarem presentes nas Finais desta edição comemorativa dos 75 anos de liga, o YouTuber Jotaplays comenta: “Os dois times foram criados do Draft, a base é do Draft então tem tudo a ver com a história dos 75 anos de NBA. Os dois com melhor a defesa, as duas melhores defesas chegaram (às Finais), os melhores ataques também, então está sendo bem importante para a NBA, de modo geral”. 

O início da batalha em São Francisco

O primeiro jogo tinha o Warriors como favorito, seja pela melhor condição física – os Celtics disputaram duas séries longas e físicas contra Bucks e Heat – seja pelo mando no Chase Center. O time da Califórnia iniciou a série na defesa de sua invencibilidade em jogos 1 como mandante nas Finais, visto o recorde perfeito de sete jogos e zero derrotas até então.

Curry abriu o confronto com 21 pontos, 78% de eficiência nos arremessos e seis bolas do perímetro certas no primeiro quarto. Em contraste, Jayson Tatum teve uma das suas piores noites na finalização: 12 pontos e 3-17 nos arremessos. Os Warriors, então, abriram uma vantagem de 15 pontos ao fim do terceiro quarto.

Contudo, foi o último período que definiu o jogo. Em desvantagem, os Celtics anotaram nove triples para gerar uma corrida de 17-0 em cinco minutos decisivos. As contribuições de Al Horford (26 pontos em 75% de aproveitamento) e Derrick White (21 pontos) incendiaram um quarto de 40 a 16 à favor de Boston, em uma demonstração de como uma transição defensiva para um ataque móvel do Celtics pode derrotar uma equipe de sistemas sofisticados como o Warriors.

Análise tática – Jogo 1

O sucesso do Celtics nesse Jogo 1 proveio da eficiência na conversão de oportunidades a partir de turnovers – foram 14 cometidos por Golden State – e de um simples mecanismo na atuação ofensiva: o skip pass (passe direcionado para o jogador não-adjacente ao passador). A utilização desse estilo de passe permitiu que os Celtics atraíssem marcadores com cortes e desviassem a bola para arremessadores no perímetro, como é o caso da jogada Hammer, que gera aberturas na defesa zona do Warriors. E nas ocasiões de arremesso livre, a equipe aproveitou suas oportunidades, ao anotar 51.6% dos seus 64 chutes incontestados. 

Defendendo a casa

Perder o segundo jogo em casa seria incontornável para os Warriors e pela primeira metade da partida uma derrota não parecia tão distante, apesar da liderança por dois pontos no intervalo. Mas foi no famoso terceiro quarto que Golden State silenciou o Celtics e garantiu um triunfo tão necessário. 

Os Warriors superaram o adversário em 35 a 14 nesse período e, embora o seu poder ofensivo seja marcante, foi a defesa quem apareceu para assegurar a conquista do Jogo 2: foram somente quatro arremessos convertidos para Boston durante o quarto; e nos últimos quatro minuto, os Celtics anotaram apenas dois pontos, originados de lances livres, o que concedeu uma corrida de 19-2 ao mandante. 

Análise tática – Jogo 2

A sincronia dos defensores do Warriors em trocas e na chegada frente ao Celtics rendeu uma atuação histórica na noite. Foram 19 turnovers forçados e 34.9% de aproveitamento nos arremessos de dois pontos contra Golden State – Tatum emplacou 2-10 dentro do perímetro, um exemplo da benéfica insistência de Wiggins em sair de corta-luz e permanecer na marcação de seu oponente. O mesmo aconteceu no duelo entre Draymond Green e Jaylen Brown, que arremessou 1-11 após o primeiro quarto, e na defesa de Curry, cuja pressão nas posses de bola rendeu arremessos de longa distância contestados ou cortes com ajuda.

Celtics inflama o TD Garden 

Quando os Warriors pareciam tomar controle da série, a torcida enérgica do TD Garden empurrou os Celtics a mais uma vitória nas Finais. No início do primeiro quarto, Boston abriu uma vantagem de 15 pontos por meio de dois fatores: o espaçamento da defesa do Warriors e a exploração de Curry como marcador. 

A ameaça de triplos com Al Horford em quadra elevou Kevon Looney ao perímetro e deixou o garrafão de Golden State vulnerável a cortes rápidos. Ainda que Wiggins e Green estivessem em alerta para a ajuda, a distância para cobrir passes diretos impediu que eles contivessem os ataques. E esses cortes foram possíveis ao explorar Curry como defensor primário – situação comum também nos dois primeiros jogos – e ainda mais eficientes nas trocas para ataques de Tatum e Smart. 

Ao virar o jogo durante o terceiro quarto com uma bola de três disparada por Curry, parecia que os Warriors não deixariam escapar a oportunidade de liderança, mas consistentes infiltrações no garrafão exposto de Golden State durante o último período deram a vantagem e a vitória para Boston.

Análise tática – Jogo 3

Atacar Curry e aproveitar a diferença de tamanho em múltiplas posses não foi por acaso: o treinador Ime Udoka orientou seus jogadores abordarem as trocas no armador e aproveitarem a área colorida vulnerável do visitante. As pontuações no espaço exibiram a vantagem arrebatadora por 52 a 26 durante o jogo, além da disparidade nos rebotes (47 a 31), 15 destes ofensivos para o Celtics.

A estratégia de monopolizar o jogo interior também forneceu aos Celtics um benefício secundário: quanto mais corpos se coloca à frente de Curry, maior será o seu cansaço na ação ofensiva, especialmente ao jogar 37 minutos, como foi o caso no Jogo 3. No último quarto, o camisa 30 anotou três pontos e produziu o mesmo número de turnovers e arremessos errados, o que sinalizou a fadiga do maior pontuador nos três primeiros jogos da série.

Stephen Curry, o rei do Jogo 4

Diante da possibilidade de estar abaixo 3 a 1 na série e em uma noite mágica, Stephen Curry mostrou ao mundo porque é o maior arremessador de todos os tempos e, disparado, o melhor jogador das Finais. Com um duplo-duplo de 43 pontos (sete bolas de três) e 10 rebotes, Curry emergiu nos minutos decisivos da partida com cestas que calaram o hostil TD Garden. A contribuição dos Warriors veio com Andrew Wiggins: o ala anotou 17 pontos e 16 rebotes, além de segurar Tatum a 34.8% de aproveitamentos nos arremessos totais e 26,7% para dois pontos.

Ao abrir uma vantagem de quatro pontos com pouco mais de cinco minutos no cronômetro, Boston viu os Warriors imporem uma corrida de 10-0 em menos de quatro minutos com um arremesso de longa distância disparado por Curry, que sacramentou o empate da série e a atuação individual de Steph como um das maiores na história das Finais da NBA

Análise tática – Jogo 4

Poucas são as coberturas defensivas possíveis de frear um atleta com tamanha habilidade e sofisticados mecanismos de pontuação como Stephen Curry e os Celtics provaram desse cenário. Ao aplicar armadilhas em Curry na linha do meio da quadra com Smart e Horford, Boston abriu espaço para a vulnerabilidade de enfrentar desvantagens no garrafão – 38.5% dos rebotes de Golden State foram ofensivos.

Contudo, o camisa 30 usufruiu de uma escolha defensiva dos pivôs adversários, que não configura-se como uma falha de marcação, mas permitiu a Curry que incendiasse o jogo: a marcação regredida ao aro após um corta-luz (denominado drop). Com o posicionamento de Horford na linha de três pontos, Curry encontra uma oportunidade de arremessar com dois metros de distância do dominicano, um tiro que qualquer defesa permitiria em circunstâncias comuns, mas esse não é o caso do armador fatal. E se a escolha for aproximar-se na troca, Curry usa sua explosão para cortar Horford e ir em direção à cesta.

O Show de Wiggins

Com o favoritismo do Warriors proveniente do momento e do mando de quadra, o quinto jogo da série começou com os Celtics adotando uma tática inusitada, porém já vista em outras ocasiões dos playoffs: a marcação individual pressão em Curry. O armador entrou em quadra com médias de 34.4 pontos e 49% de aproveitamento em arremessos do perímetro, números assustadores para qualquer defesa. Por vezes de costas para as jogadas, os defensores do camisa 30 permitiram que o ataque californiano se desenvolvesse sem a participação do armador, de modo que ocorreu um 4×4. 

Nessas circunstâncias, Andrew Wiggins foi o maior beneficiado, uma vez que sua explosão na marcação individual espaçada permitiu uma noite de 26 pontos e 13 rebotes. Essa ascensão de Wiggins teve colaboração do banco de Golden State, que anotou 31 pontos contra apenas quatro pelos celtas.

Análise tática – Jogo 5

Apesar dos quietos 16 pontos em 0-9 bolas de três convertidas – performance que encerrou uma sequência de 233 partidas consecutivas com ao menos um e que também ocorreu pela primeira vez em seus 133 jogos em playoffs – Curry exibiu o motivo de ser o melhor jogador das Finais e geriu um sistema ofensivo ainda extremamente eficiente. Ao receber marcação dupla com a bola, Steph se livrou dela com rapidez múltiplas vezes para causar um colapso na defesa dos Celtics, em menor número.

É válido ressaltar o belo trabalho da defesa de Boston sobre Curry, mesmo com a derrota. O ajuste chave do jogo 4 para este foi uma marcação alta do pivô na troca de corta-luz (pick n’roll) acompanhada da presença de seu próprio defensor na sua lateral. Com Al Horford estendido acima do arco e Marcus Smart lutando para sair do corta-luz, Curry precisou de rápido processamento de jogadas para não cometer turnovers e inflamar o poder ofensivo do Warriors.

A coroação da dinastia

No decisivo Jogo 6, Boston enfrentava uma “situação de vida ou morte” e a equipe entrou em quadra com essa mentalidade: uma sequência inicial de 12-2 deu aos mandantes uma vantagem confortável por instantes. Liderando por 22 a 16, os Celtics viram Golden State anotar 21 pontos seguidos e a diferença inverteu para 15 pontos a favor dos visitantes no intervalo.

Ao permitir quatro bolas triplas consecutivas – a última anotada por Curry ao abrir 22 pontos de vantagem – os Celtics conseguiram cortar a diferença para 10 ao fim do terceiro quarto, porém seus 23 turnovers na noite feriram a produção ofensiva do time e resultaram em 27 pontos do Warriors. Esse fator crucial no fraco ímpeto do ataque esteve personificado em Jayson Tatum, que contribuiu com apenas 13 pontos (33% de aproveitamento) e cometeu 5 turnovers. Mesmo os 34 pontos de Jaylen Brown não foram suficientes para assustar os Warriors no último quarto.

Com a vantagem em um dígito, Stephen Curry finalizou os últimos 9 pontos e uma assistência para Wiggins, extinguindo a narrativa de se entregar à pressão dos playoffs.  O armador traz para São Francisco o sétimo título da franquia e o quarto em oito anos da dinastia evocada em 2015 com peças construídas do Draft. O trio Curry/Thompson/Green ultrapassou outros (Jordan/Pippen/Rodman; Johnson/Abdul-Jabbar/Worthy; e Bird/McHale/Parish) como uma das tríades com mais títulos juntos. 

Esse núcleo do Warriors está integrado por jogadores acima dos 30 anos, mas a ascensão de Poole, Moody, Kuminga e Looney explica não só o sucesso do Warriors como uma dinastia, mas também como uma franquia de futuro promissor caso seja possível lapidar os jovens em estrelas. 

Golden State Warriors: campeão da 75ª temporada da NBA. [Imagem: Reprodução/Twitter @warriors]
O Boston Celtics, mesmo saindo derrotado em seis jogos, atingiu uma reviravolta impressionante nessa temporada: de décimo primeiro colocado em janeiro para um time a dois jogos de ser campeão, esse grupo pode atormentar a liga caso mantenha-se unido por mais temporadas. A dupla Jay-Jay tem um enorme potencial de trazer o 18° título à cidade no futuro, sobretudo com tanta experiência em poucos anos (Brown tem 25 anos e Tatum, 24).

O maior de todos os tempos

“Steph Curry! Não tem igual!! Recordista absoluto da história da NBA! Ele veio para revolucionar, para mudar a história do jogo, uma lenda do basquetebol”. As palavras de Luis Felipe Freitas, narrador da TNT Sports em um dos grandes momentos da temporada, simbolizam o tamanho de Wardell Stephen Curry II para a NBA. 

Steph Curry com suas taças de campeão da liga e de MVP das Finais. [Imagem: Reprodução/Twitter @StephenCurry30]
Eleito 2 vezes MVP da temporada regular, o único a ser eleito de forma unânime; Eleito MVP do All-Star Game na atual temporada, quando converteu 16 bolas de 3 e fechou com 50 pontos; O primeiro vencedor do prêmio Magic Johnson de MVP das Finais de Conferência, na temporada atual; Campeão da NBA pela 4º vez em 8 anos, e finalmente eleito MVP das finais, de forma unânime. 3117 cestas de 3 convertidas na temporada regular, 561 convertidas nos playoffs. O maior arremessador da história do basquete é uma ameaça em qualquer canto da quadra. Steph influenciou toda a liga com seus arremessos imparáveis, além de dentro de jogo ser perseguido a ponto de proporcionar espaço para que outros companheiros brilhem com os arremessos de 3 pontos ou infiltrações.

Se era questionado por não ter o prêmio de Finals MVP, por supostamente depender de Kevin Durant para vencer – é o segundo título de Curry sem a presença de Kevin Durant, que pelo contrário, não ganhou nada sem o armador –, a resposta veio a altura. Para alguns críticos, Curry não estava no top 10 de maiores jogadores da história da NBA. O que mais ele precisa fazer? O tamanho de Curry pra NBA só vai ser sentido de verdade quando ele encerrar a carreira, mas até lá ele ainda pode continuar silenciando seus críticos da melhor forma: vencendo e quebrando recordes. Parafraseando novamente o narrador LFF: “Existe um antes, um durante, e vai existir um pós Steph Curry. E vai ser muito mais divertido, porque com ele o basquete se transformou”.

 

Foto destaque: [Reprodução/Twitter @warriors]

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